Mais Partido, melhor intervenção
A Concelhia de Castelo Branco realizou, sábado, no espaço do centro de trabalho do PCP naquela cidade, a 8.ª Assembleia da Organização. Na reunião participou Armindo Miranda, membro da Comissão Política do PCP.
A política autárquica penaliza os munícipes»
Passados dois anos após a último encontro magno, os comunistas da capital serrana analisaram os traços mais relevantes da política nacional, internacional e local, elaboraram um balanço da actividade decorrida, aprovaram as linhas de trabalho para a intervenção do partido no concelho e elegeram a Comissão Concelhia.
O novo organismo passou a ser constituído por quinze camaradas, entre os quais seis mulheres.
Governo prejudica região
No documento aprovado sublinha-se a escalada imperialista a nível mundial que «revelando a sua verdadeira cara, agride sem pudor países, organizações e o direito internacional, com o vergonhoso apoio dos governantes portugueses», situação agravada pelos desenvolvimentos do processo da nova «Constituição Europeia», a qual, dizem, «limita a soberania nacional, constitucionaliza o modelo neoliberal, institui o federalismo, o poder cada vez maior das grandes potências e a militarização da UE».
No plano da política nacional, o quadro governativo do país alterou-se significativamente com a eleição de um executivo «assumidamente de direita que, ao serviço dos grandes grupos económicos, desferiu um violento ataque contra os direitos dos trabalhadores», num assalto aberto aos direitos individuais e colectivos conquistados com a Revolução de Abril, aos serviços públicos e à universalidade e gratuitidade de áreas como os transportes, educação, saúde e segurança social.
Os reflexos da política de direita sentem-se mais no interior, afirmam os comunistas de Castelo Branco. Como exemplos do prejuízo que esta tem causado à região, destacam os «anos sem políticas de combate à desertificação e morte do mundo rural», cujo trágico resultado se revelou na devastação provocada pelos incêndios do verão passado; na falta de verbas no PIDDAC de 2004 para o investimento e requalificação na zona do Parque Natural do Tejo Internacional; no atraso na construção de acessos rodoviários fundamentais e na intenção de cobrar portagens na recém construída A23, facto que só não foi implementado graças à atitude combativa dos comunistas em sintonia com as reivindicações populares.
Gestão autárquica
não resolve problemas
A avaliação feita pela Assembleia teceu ainda fortes críticas à gestão municipal do concelho, a começar pela falta de resposta local à fúria privatizadora do Governo que ameaça fechar estações dos correios e outros serviços de proximidade indispensáveis à vida de todos os dias.
O abastecimento de água também surge no rol das denúncias, uma vez que
«a política autárquica penaliza os munícipes no que diz respeito a taxas municipais e ao preço», fruto de uma gestão marcada pelo imediatismo populista, pela falta de perspectiva estruturada de desenvolvimento da área de Castelo Branco e da cedência a interesses particulares em detrimento do bem-estar das populações.
Reforçar a actividade
Concluído e analisado o balanço da actividade do Partido nos dois anos anteriores, os militantes comunistas elaboraram um plano de actividades a desenvolver.
Visando o reforço da capacidade de intervenção social do PCP, a Assembleia aprovou na Resolução Política da Assembleia as bases orientadoras do trabalho colectivo, privilegiando a intervenção junto dos trabalhadores, nas empresas e locais de trabalho, através do contacto directo e da tomada de posições respeitantes tanto às lutas nacionais como às contestações locais.
De igual modo, o trabalho junto dos jovens e das mulheres assume-se como prioritário, a par do «papel reivindicativo do Partido, no que diz respeito a assuntos de âmbito local», «na dinamização e mobilização da população para lutas importantes que ajudem a contrariar as políticas de direita ao nível local» e no envolvimento do colectivo partidário nas grandes tarefas políticas que se avizinham em 2004, nomeadamente a campanha de contactos e recrutamento, as eleições para o Parlamento Europeu e o XVII Congresso do Partido, momento de afirmação dos ideais e da unidade de acção dos comunistas portugueses.
O novo organismo passou a ser constituído por quinze camaradas, entre os quais seis mulheres.
Governo prejudica região
No documento aprovado sublinha-se a escalada imperialista a nível mundial que «revelando a sua verdadeira cara, agride sem pudor países, organizações e o direito internacional, com o vergonhoso apoio dos governantes portugueses», situação agravada pelos desenvolvimentos do processo da nova «Constituição Europeia», a qual, dizem, «limita a soberania nacional, constitucionaliza o modelo neoliberal, institui o federalismo, o poder cada vez maior das grandes potências e a militarização da UE».
No plano da política nacional, o quadro governativo do país alterou-se significativamente com a eleição de um executivo «assumidamente de direita que, ao serviço dos grandes grupos económicos, desferiu um violento ataque contra os direitos dos trabalhadores», num assalto aberto aos direitos individuais e colectivos conquistados com a Revolução de Abril, aos serviços públicos e à universalidade e gratuitidade de áreas como os transportes, educação, saúde e segurança social.
Os reflexos da política de direita sentem-se mais no interior, afirmam os comunistas de Castelo Branco. Como exemplos do prejuízo que esta tem causado à região, destacam os «anos sem políticas de combate à desertificação e morte do mundo rural», cujo trágico resultado se revelou na devastação provocada pelos incêndios do verão passado; na falta de verbas no PIDDAC de 2004 para o investimento e requalificação na zona do Parque Natural do Tejo Internacional; no atraso na construção de acessos rodoviários fundamentais e na intenção de cobrar portagens na recém construída A23, facto que só não foi implementado graças à atitude combativa dos comunistas em sintonia com as reivindicações populares.
Gestão autárquica
não resolve problemas
A avaliação feita pela Assembleia teceu ainda fortes críticas à gestão municipal do concelho, a começar pela falta de resposta local à fúria privatizadora do Governo que ameaça fechar estações dos correios e outros serviços de proximidade indispensáveis à vida de todos os dias.
O abastecimento de água também surge no rol das denúncias, uma vez que
«a política autárquica penaliza os munícipes no que diz respeito a taxas municipais e ao preço», fruto de uma gestão marcada pelo imediatismo populista, pela falta de perspectiva estruturada de desenvolvimento da área de Castelo Branco e da cedência a interesses particulares em detrimento do bem-estar das populações.
Reforçar a actividade
Concluído e analisado o balanço da actividade do Partido nos dois anos anteriores, os militantes comunistas elaboraram um plano de actividades a desenvolver.
Visando o reforço da capacidade de intervenção social do PCP, a Assembleia aprovou na Resolução Política da Assembleia as bases orientadoras do trabalho colectivo, privilegiando a intervenção junto dos trabalhadores, nas empresas e locais de trabalho, através do contacto directo e da tomada de posições respeitantes tanto às lutas nacionais como às contestações locais.
De igual modo, o trabalho junto dos jovens e das mulheres assume-se como prioritário, a par do «papel reivindicativo do Partido, no que diz respeito a assuntos de âmbito local», «na dinamização e mobilização da população para lutas importantes que ajudem a contrariar as políticas de direita ao nível local» e no envolvimento do colectivo partidário nas grandes tarefas políticas que se avizinham em 2004, nomeadamente a campanha de contactos e recrutamento, as eleições para o Parlamento Europeu e o XVII Congresso do Partido, momento de afirmação dos ideais e da unidade de acção dos comunistas portugueses.