A crise é geral
Na generalidade dos sectores multiplicam-se falências e despedimentos
O Ministério da Educação não integrou nas carreiras e categorias correspondentes às funções exercidas, os cerca de 14 mil trabalhadores não-docentes com contrato administrativo de provimento. Não colocou de cerca de 30 mil professores no sistema de ensino. Estas são algumas das situações que têm servido para engrossar as listas do desemprego, flagelo onde as mulheres são as mais prejudicadas.
No fim de Novembro de 2003, havia 260 281 desempregadas registadas, mais 16,3 por cento do que no mesmo mês do ano anterior, ao mesmo tempo que 193 446 homens estavam na mesma situação, ou seja, mais 24,4 por cento.
No sector dos transportes, os trabalhadores da Carris continuam a dar provas de grande unidade na sua luta pela defesa dos postos de trabalho ameaçados com a intenção administrativa de reduzir o quadro em cerca de 1500 postos de trabalho. Para este ano estava prevista a redução de 500, número que, de acordo com a TUL/Festru/CGTP-IN foi largamente ultrapassado através das «rescisões por mútuo acordo».
Na TAP, a venda do sector de Handling está também a pôr em risco milhares de postos de trabalho.
Na EDP, a empresa pretende reduzir dois mil empregos com o mesmo tipo de «rescisão».
Nos Correios estão em risco 1500 postos de trabalho e a existência de cerca de 500 estações.
Na Bombardier/Sorefame, única unidade no País com capacidade para projectar e construir carruagens de metro e de comboio, estão em causa cerca de 1200 postos de trabalho se, até Março, não forem confirmadas novas encomendas para construir carruagens e material circulante.
A esta, estão ligadas empresas do sector metalúrgico, de que é exemplo a Cometna, em Odivelas, onde estão 161 postos de trabalho em risco.
Exemplo da crise na construção civil é a M.B. Pereira da Costa, na Amadora, onde 400 trabalhadores estão com o emprego em risco e onde já houve tentativas para penhorar a frota.
No sector do turismo, a ENATUR, empresa pública que geria as pousadas históricas de Portugal, foi privatizada e comprada pelo Grupo Pestana.
Desde que tomou posse, tem procedido a «rescisões por mútuo acordo». Quando os trabalhadores não as aceitam, o Grupo tem avançado com despedimentos colectivos.
O encerramento da Docapesca em Pedrouços teve também consequências nefastas com o despedimento colectivo dos 138 trabalhadores directamente ligados à doca, e com cerca de 1500 pescadores sem ter onde descarregar o pescado. Incalculáveis são as consequências do recente acordo das pescas firmado na União Europeia.
A braços com anos de crise está o sector dos têxteis e calçado onde em apenas três anos encerraram 206 empresas e perderam-se 15 077 postos de trabalho.
Em Coimbra e Aveiro a crise do sector do calçado levou já à perda de 2250 empregos em 65 empresas, das quais oito fecharam portas só este ano.
Acentuam-se dificuldades no sector das cerâmicas e porcelanas no Distrito de Coimbra, à semelhança do sector vidreiro no Distrito de Leiria. Um pouco por todo o País, proliferam os salários em atraso, os encerramentos, os lay-offs e os despedimentos.
No fim de Novembro de 2003, havia 260 281 desempregadas registadas, mais 16,3 por cento do que no mesmo mês do ano anterior, ao mesmo tempo que 193 446 homens estavam na mesma situação, ou seja, mais 24,4 por cento.
No sector dos transportes, os trabalhadores da Carris continuam a dar provas de grande unidade na sua luta pela defesa dos postos de trabalho ameaçados com a intenção administrativa de reduzir o quadro em cerca de 1500 postos de trabalho. Para este ano estava prevista a redução de 500, número que, de acordo com a TUL/Festru/CGTP-IN foi largamente ultrapassado através das «rescisões por mútuo acordo».
Na TAP, a venda do sector de Handling está também a pôr em risco milhares de postos de trabalho.
Na EDP, a empresa pretende reduzir dois mil empregos com o mesmo tipo de «rescisão».
Nos Correios estão em risco 1500 postos de trabalho e a existência de cerca de 500 estações.
Na Bombardier/Sorefame, única unidade no País com capacidade para projectar e construir carruagens de metro e de comboio, estão em causa cerca de 1200 postos de trabalho se, até Março, não forem confirmadas novas encomendas para construir carruagens e material circulante.
A esta, estão ligadas empresas do sector metalúrgico, de que é exemplo a Cometna, em Odivelas, onde estão 161 postos de trabalho em risco.
Exemplo da crise na construção civil é a M.B. Pereira da Costa, na Amadora, onde 400 trabalhadores estão com o emprego em risco e onde já houve tentativas para penhorar a frota.
No sector do turismo, a ENATUR, empresa pública que geria as pousadas históricas de Portugal, foi privatizada e comprada pelo Grupo Pestana.
Desde que tomou posse, tem procedido a «rescisões por mútuo acordo». Quando os trabalhadores não as aceitam, o Grupo tem avançado com despedimentos colectivos.
O encerramento da Docapesca em Pedrouços teve também consequências nefastas com o despedimento colectivo dos 138 trabalhadores directamente ligados à doca, e com cerca de 1500 pescadores sem ter onde descarregar o pescado. Incalculáveis são as consequências do recente acordo das pescas firmado na União Europeia.
A braços com anos de crise está o sector dos têxteis e calçado onde em apenas três anos encerraram 206 empresas e perderam-se 15 077 postos de trabalho.
Em Coimbra e Aveiro a crise do sector do calçado levou já à perda de 2250 empregos em 65 empresas, das quais oito fecharam portas só este ano.
Acentuam-se dificuldades no sector das cerâmicas e porcelanas no Distrito de Coimbra, à semelhança do sector vidreiro no Distrito de Leiria. Um pouco por todo o País, proliferam os salários em atraso, os encerramentos, os lay-offs e os despedimentos.