«US Visit»
Chama-se «US Visit» e é a última paranóia securitária do império que, presentemente, se pavoneia no mundo sob a batuta da administração Bush.
Sucintamente, o programa «US Visit» permite que as autoridades fronteiriças dos EUA - em serviço quer nos 115 aeroportos internacionais do país, quer nos 14 grandes portos marítimos – fotografem o rosto e recolham as impressões digitais da maioria dos visitantes estrangeiros que entrem no seu vasto território nacional. E a especificação «maioria» é necessária porque, segundo o programa, há 28 países cujos cidadãos estão isentos desta devassa… desde que sejam portadores dos novos passaportes de leitura óptica – onde (anote-se) se obtêm os mesmos elementos identificadores numa simples passagem pelo «scanner».
Tom Ridge, secretário de Segurança Interna dos EUA, especifica que este programa «US Visit» faz parte de «um processo abrangente para garantir que as fronteiras [norte-americanas] continuam abertas a viajantes, mas fechadas aos terroristas».
Portanto, sob o pretexto do combate ao terrorismo, o actual governo dos EUA decide tornar-se senhor absoluto (no sentido literal do termo, que é o da total arbitrariedade) duma base de dados sem precedentes, quer por se dimensionar à escala planetária, quer por colocar sob controle policial todos os cidadãos do mundo
através da mais íntima e pessoal das identificações – a da impressão digital e a da imagem do rosto.
Para que ficasse claro que, hoje em dia, a arrogância dos EUA não tem conta nem medida, a administração Bush determinou ainda que 28 países «ficariam isentos» deste controle (onde se incluem os da União Europeia, do Japão, do Canadá e outros «amigos do peito» do ponto de vista capitalista), desde que… os seus cidadãos apresentem passaportes onde constem os mesmos elementos identificadores, para verificação expedita. Ou seja, com esta «isenção» a administração Bush frisou ainda que, na sua imperial perspectiva, todo o mundo é potencialmente terrorista, menos os EUA e alguns amigos – e mesmo estes, apenas quando se apresentem devidamente fichados, em passaportes modernos, pelas autoridades dos países de origem…
Perante isto, ainda houve, cá no burgo, quem deixasse transparecer um mal disfarçado regozijo pelo «privilégio» de os EUA terem incluído Portugal na isenção ao «US Visit»…
Entretanto, e no que toca ao «combate ao terrorismo», propriamente dito, fica em branco o controle sobre as vastas fronteiras terrestres dos EUA, a par da manifesta improcedência destas identificações que, em si mesmas, obviamente não impedem quaisquer movimentações ou actos terroristas, pois quem tais actos promove ou pratica a primeira coisa que garante é a própria «diluição» no meio ambiente, para o que sempre encontra inesgotáveis expedientes.
Por isso, o que de substantivo resultará do programa «US Visit» será um monstruoso arquivo de identificação à escala mundial, inútil para os objectivos que o justificam mas eficaz, como nunca - e inteiramente à disposição e ao arbítrio das autoridades dos EUA -, no controle policial dos cidadãos, agora a uma proporção sem precedentes na História da Humanidade.
Os parceiros dos EUA nos negócios do mundo continuam, entretanto, a aceitar docilmente estas inacreditáveis imposições pois, tal como a administração Bush, mantêm-se cegos à insuportável injustiça que semeiam no planeta e é, fundamentalmente, o caldeirão onde borbulha o terrorismo.
Preferem a ilusão securitária. Até que, mais uma vez, a barragem rebente…
Sucintamente, o programa «US Visit» permite que as autoridades fronteiriças dos EUA - em serviço quer nos 115 aeroportos internacionais do país, quer nos 14 grandes portos marítimos – fotografem o rosto e recolham as impressões digitais da maioria dos visitantes estrangeiros que entrem no seu vasto território nacional. E a especificação «maioria» é necessária porque, segundo o programa, há 28 países cujos cidadãos estão isentos desta devassa… desde que sejam portadores dos novos passaportes de leitura óptica – onde (anote-se) se obtêm os mesmos elementos identificadores numa simples passagem pelo «scanner».
Tom Ridge, secretário de Segurança Interna dos EUA, especifica que este programa «US Visit» faz parte de «um processo abrangente para garantir que as fronteiras [norte-americanas] continuam abertas a viajantes, mas fechadas aos terroristas».
Portanto, sob o pretexto do combate ao terrorismo, o actual governo dos EUA decide tornar-se senhor absoluto (no sentido literal do termo, que é o da total arbitrariedade) duma base de dados sem precedentes, quer por se dimensionar à escala planetária, quer por colocar sob controle policial todos os cidadãos do mundo
através da mais íntima e pessoal das identificações – a da impressão digital e a da imagem do rosto.
Para que ficasse claro que, hoje em dia, a arrogância dos EUA não tem conta nem medida, a administração Bush determinou ainda que 28 países «ficariam isentos» deste controle (onde se incluem os da União Europeia, do Japão, do Canadá e outros «amigos do peito» do ponto de vista capitalista), desde que… os seus cidadãos apresentem passaportes onde constem os mesmos elementos identificadores, para verificação expedita. Ou seja, com esta «isenção» a administração Bush frisou ainda que, na sua imperial perspectiva, todo o mundo é potencialmente terrorista, menos os EUA e alguns amigos – e mesmo estes, apenas quando se apresentem devidamente fichados, em passaportes modernos, pelas autoridades dos países de origem…
Perante isto, ainda houve, cá no burgo, quem deixasse transparecer um mal disfarçado regozijo pelo «privilégio» de os EUA terem incluído Portugal na isenção ao «US Visit»…
Entretanto, e no que toca ao «combate ao terrorismo», propriamente dito, fica em branco o controle sobre as vastas fronteiras terrestres dos EUA, a par da manifesta improcedência destas identificações que, em si mesmas, obviamente não impedem quaisquer movimentações ou actos terroristas, pois quem tais actos promove ou pratica a primeira coisa que garante é a própria «diluição» no meio ambiente, para o que sempre encontra inesgotáveis expedientes.
Por isso, o que de substantivo resultará do programa «US Visit» será um monstruoso arquivo de identificação à escala mundial, inútil para os objectivos que o justificam mas eficaz, como nunca - e inteiramente à disposição e ao arbítrio das autoridades dos EUA -, no controle policial dos cidadãos, agora a uma proporção sem precedentes na História da Humanidade.
Os parceiros dos EUA nos negócios do mundo continuam, entretanto, a aceitar docilmente estas inacreditáveis imposições pois, tal como a administração Bush, mantêm-se cegos à insuportável injustiça que semeiam no planeta e é, fundamentalmente, o caldeirão onde borbulha o terrorismo.
Preferem a ilusão securitária. Até que, mais uma vez, a barragem rebente…