7.ª Assembleia de Organização da Covilhã

Inverter a situação criada pela direita

Reforçar o Partido é a melhor garantia para o necessário combate às consequências da política de direita, afirma a organização da Covilhã do PCP, que realizou no sábado a sua 7.ª assembleia.

As consequências da política do Governo no concelho dão gravíssimas

Fortalecer a organização partidária é o grande objectivo dos comunistas da Covilhã, que reuniram a sua assembleia no passado sábado. Este reforço, consideram, é fundamental, pois os comunistas da Covilhã «continuam a ter um papel insubstituível no esclarecimento e mobilização para a luta dos trabalhadores, das populações e de todas as classes atingidas pela política de direita», pode ler-se na resolução aprovada por maioria, com uma abstenção.
Privilegiando a organização por empresa ou local de trabalho, a assembleia definiu como objectivos orgânicos principais a criação de células na Paulo de Oliveira, na Penteadora e na Nova Penteação, bem como no Centro Hospitalar da Cova da Beira, na Universidade da Beira Interior e na autarquia. O retomar do funcionamento do organismo têxtil, o acompanhamento aos trabalhadores das grandes superfícies comerciais e o enquadramento orgânico dos desempregados são outras das prioridades decididas.
A prioridade assumida não pressupõe qualquer desprezo pela organização noutros sectores nem, tão pouco, pelo reforço da estrutura de direcção. Eleger uma Comissão Concelhia com periodicidade mensal de reuniões e um executivo que acompanhe as questões políticas urgentes são algumas das medidas avançadas. A comissão concelhia proposta foi aprovada por unanimidade. A intensificação da venda e distribuição da imprensa partidária é outro dos objectivos.
Os comunistas da Covilhã pretendem ainda fortalecer a ligação aos movimentos unitários, nomeadamente ao movimento sindical e às comissões de trabalhadores. Para os próximos anos, o PCP pretende contribuir para a criação e reforço das comissões de utentes de serviços, de comissões de moradores e da luta contra a guerra.

Uma situação difícil

Para os comunistas da Covilhã, a acção do Partido é hoje ainda mais necessária, pois o concelho vive um «grande e prolongado período de estagnação e recessão económica e social, com a consequente perda de qualidade de vida dos trabalhadores e da população». Para o PCP, a estagnação e a recessão são visíveis no encerramento de empresas – e consequente agravamento do desemprego –, no crescente ataque aos direitos e salários dos trabalhadores e pelo aumento da pobreza e exclusão social.
Para além dos problemas mais «mediáticos», como a situação no sector dos têxteis e confecções – onde os encerramentos e despedimentos assumem dimensões dramáticas –,o PCP destaca ainda o definhamento da agricultura, as ameaças que pairam sobre o Couto Mineiro e a crise profunda do pequeno comércio. A construção civil mantém-se, mas «através do recurso a mão-de-obra pouco qualificada e a trabalhadores imigrantes em condições de vida inaceitáveis», destaca a resolução.
Com esta situação, o resultado não podia ser outro que não o envelhecimento da região, que não só perde população como não atrai novos habitantes. Considera o PCP, que todo este cenário foi provocado pela política de direita seguida pelos sucessivos governos, e agravada com o actual Governo do PSD/PP. Também as repetidas maiorias na câmaras municipais contribuíram, na opinião do PCP, para agravar a situação.
Na assembleia, o PCP voltou a mostrar que tem propostas para inverter a situação profundamente negativa criada pela direita. Manter e revitalizar o aparelho produtivo do concelho, defendendo as empresas existentes e privilegiando a captação de outras, com tecnologia mais avançada, é uma das principais propostas do PCP.


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