Aumenta o número de infectados
Portugal surge destacado no quadro europeu no que ao número de infectados pela SIDA diz respeito. Casos conhecidos há 22 mil, mas faltam estatísticas credíveis.
Há cortes orçamentais nos serviços públicos de prevenção e tratamento
Portugal continua à frente na Europa no contágio da SIDA por injecção de drogas em situação de dependência, denuncia o PCP, em nota de imprensa de domingo, véspera do Dia Mundial de Luta Contra a SIDA. Os comunistas lembram que embora este tipo de contágio tenha descido em termos percentuais, tal só sucedeu porque aumentaram também, e em maior incidência, as infecções transmitidas sexualmente.
Há 22 mil casos de SIDA notificados em Portugal, mas o PCP acredita que a situação pode ser muito mais grave, pois considera faltarem estatísticas credíveis. Para o Partido, a redução significativa do número de mortes conhecidas desde meados da década passada resulta de novas terapêuticas, que prolongam a vida dos doentes infectados, pois não se registam alterações significativas nos cerca de mil casos notificados por ano.
«As estruturas da responsabilidade do Governo, a quem compete coordenar a resposta à epidemia da SIDA, sofreram um prolongado processo de indefinição e redução de meios e debatem-se com falta de apoios e vontade política ao mais alto nível», considera o PCP, que denuncia cortes orçamentais e laxismo nestes serviços.
A nível mundial, a situação agrava-se, como foi afirmado pelo Programa ONU-SIDA, que refere a existência de 40 milhões de infectados, 2,5 milhões dos quais são crianças. Só este ano terão ficado infectadas mais cinco milhões de pessoas, enquanto o número de mortes foi de três milhões. A situação mais grave vive-se na África Austral, onde se estima que a SIDA atinja 20 por cento da população. Assim, a doença junta-se à dívida externa, ao neocolonialismo e à guerra como causa de subdesenvolvimento e de redução da esperança e qualidade de vida de grandes massas humanas, afirma o PCP. Os comunistas acusam a política imperialista dos Estados Unidos de ser a causa próxima do agravamento destes e de outros problemas da humanidade.
Uma outra política
Face ao alastramento da SIDA, em Portugal e no mundo, o PCP defende a alteração urgente da política prosseguida nesta matéria. Assim, considera necessário, no plano externo, defender a Paz e o desenvolvimento social, apoiando uma intervenção consistente da ONU na luta contra a doença. Os comunistas querem também ver concretizadas as orientações da resolução aprovada em Junho de 2001 na Assembleia da República, por proposta do PCP, sobre cooperação com os PALOP’s.
No plano interno, os comunistas exigem que o Governo assuma, em vez do show-off característico, uma «efectiva vontade política na coordenação e intervenção para reduzir a incidência da SIDA. Para tal, defende, há que apostar na prevenção e na educação dos jovens para a saúde e a sexualidade, bem como na acessibilidade ao preservativo. O desenvolvimento da rede pública de prevenção e tratamento, aliado à prevenção em meio prisional, são outras das medidas que os comunistas defendem.
O PCP, através do seu Grupo Parlamentar, vai propor brevemente uma audição parlamentar sobre a situação da doença no nosso País. Também na preparação da interpelação parlamentar que tem agendada para o próximo dia 10, o PCP aprofundará o conhecimento de questões relacionadas com a SIDA e com as respostas existentes no Serviço Nacional de Saúde.
Há 22 mil casos de SIDA notificados em Portugal, mas o PCP acredita que a situação pode ser muito mais grave, pois considera faltarem estatísticas credíveis. Para o Partido, a redução significativa do número de mortes conhecidas desde meados da década passada resulta de novas terapêuticas, que prolongam a vida dos doentes infectados, pois não se registam alterações significativas nos cerca de mil casos notificados por ano.
«As estruturas da responsabilidade do Governo, a quem compete coordenar a resposta à epidemia da SIDA, sofreram um prolongado processo de indefinição e redução de meios e debatem-se com falta de apoios e vontade política ao mais alto nível», considera o PCP, que denuncia cortes orçamentais e laxismo nestes serviços.
A nível mundial, a situação agrava-se, como foi afirmado pelo Programa ONU-SIDA, que refere a existência de 40 milhões de infectados, 2,5 milhões dos quais são crianças. Só este ano terão ficado infectadas mais cinco milhões de pessoas, enquanto o número de mortes foi de três milhões. A situação mais grave vive-se na África Austral, onde se estima que a SIDA atinja 20 por cento da população. Assim, a doença junta-se à dívida externa, ao neocolonialismo e à guerra como causa de subdesenvolvimento e de redução da esperança e qualidade de vida de grandes massas humanas, afirma o PCP. Os comunistas acusam a política imperialista dos Estados Unidos de ser a causa próxima do agravamento destes e de outros problemas da humanidade.
Uma outra política
Face ao alastramento da SIDA, em Portugal e no mundo, o PCP defende a alteração urgente da política prosseguida nesta matéria. Assim, considera necessário, no plano externo, defender a Paz e o desenvolvimento social, apoiando uma intervenção consistente da ONU na luta contra a doença. Os comunistas querem também ver concretizadas as orientações da resolução aprovada em Junho de 2001 na Assembleia da República, por proposta do PCP, sobre cooperação com os PALOP’s.
No plano interno, os comunistas exigem que o Governo assuma, em vez do show-off característico, uma «efectiva vontade política na coordenação e intervenção para reduzir a incidência da SIDA. Para tal, defende, há que apostar na prevenção e na educação dos jovens para a saúde e a sexualidade, bem como na acessibilidade ao preservativo. O desenvolvimento da rede pública de prevenção e tratamento, aliado à prevenção em meio prisional, são outras das medidas que os comunistas defendem.
O PCP, através do seu Grupo Parlamentar, vai propor brevemente uma audição parlamentar sobre a situação da doença no nosso País. Também na preparação da interpelação parlamentar que tem agendada para o próximo dia 10, o PCP aprofundará o conhecimento de questões relacionadas com a SIDA e com as respostas existentes no Serviço Nacional de Saúde.