Terrorismo e estratégia imperialista
O terrorismo existe e tem de ser combatido nas suas raízes e manifestações
O tema do «terrorismo» voltou nos últimos dias ao primeiro plano da actualidade internacional e das campanhas mediáticas ao serviço da estratégia agressiva do imperialismo.
Segundo o discurso dominante, o fantasma do terrorismo e da Al Qaeda que o personifica não para de crescer, alastra por todo o mundo islâmico, estende-se à Europa, nenhum país nem ninguém está ao abrigo dos seus golpes. É por isso necessário intensificar a «guerra ao terrorismo» e desde logo no Iraque, na Palestina, em todo o Médio Oriente. Estão em causa a «civilização» e os valores da Liberdade a que os «terroristas fanáticos» têm um ódio de morte. Nada de pôr em causa o neoliberalismo e a guerra que alimentam o desespero e práticas terroristas. A hora não é de hesitações nem de discutir razões em relação à guerra no Iraque. Ainda que os EUA tenham «errado» trata-se agora de ir em socorro das forças de ocupação para que o «terrorismo» não saia vitorioso, trata-se de «escolher» entre «aliados com quem partilhamos valores comuns» e o «terrorismo anti-ocidental». A hora é de calar divergências com os EUA e fortalecer a «aliança contra o terrorismo», reforçar o «elo transatlântico», fortalecer a NATO, militarizar a U.E., «projectar forças» por todo o mundo onde o «terrorismo» ameace ou possa vir a ameaçar. E em nome do «interesse nacional», tal como o entendem as classes dominantes, pretende-se calar a oposição, como o fez em Portugal o governo da direita a pretexto do envio da força da GNR para o Iraque.
Em resumo, estas são as traves mestras da argumentação reaccionária. Com o relançamento da psicose do «terrorismo», o que está em curso, uma vez mais, é uma gigantesca campanha visando ultrapassar as sérias dificuldades com que se depara a política de recolonização imperialista do mundo encabeçada pelos EUA. Desde logo e de modo espectacular no Iraque, e noutros países do Médio Oriente e Àsia Central como a Palestina, o Afeganistão ou a Turquia, onde se realizaram grandes manifestações contra o envio de tropas turcas para o Iraque. Mas também na Europa e nos EUA com o desenvolvimento de um forte movimento pela paz que se expressou nas recentes manifestações de Washington, de Paris durante o Fórum Social Europeu ou de Londres, em protesto contra a visita de Bush.
O imperialismo persiste em impor ao mundo uma «nova ordem» totalitária contra os trabalhadores e contra os povos. E para isso intensifica o militarismo, de que o lançamento da «Agência Europeia de Armamento» é exemplo recente. Intensifica o intervencionismo agressivo, nomeadamente a nível da NATO que planeia instalar forças de intervenção rápida na África Ocidental para melhor assegurar a pilhagem das multinacionais. Tenta assimilar ao terrorismo toda a forma de resistência, sobretudo se tiver uma componente armada. Abre fogo sobre direitos, liberdades e garantias fundamentais, reforçando forças de repressão e serviços secretos, segundo a perigosa filosofia que permite a Durão Barroso afirmar (Público, 20.11.03) que « é meramente burocrática a distinção entre ameaça interna e ameaça externa».
Sim, o terrorismo existe e tem de ser combatido nas suas raízes e manifestações. É por isso necessário denunciar a amálgama que está a ser feita com expressões de insubmissão, revolta e libertação contra o agressor estrangeiro. O movimento operário e comunista sempre denunciou o terrorismo, como forma errada e inconsequente de luta, que apenas aproveita aqueles que afirma combater. Com a guerra os EUA estão a levar o terrorismo onde ele não existia. Não o combatem, fomentam-no. A origem da Al Qaeda, criada pelos serviços secretos dos EUA e da reacção árabe para combater a revolução afegã, não deve ser esquecida. O terrorismo é um instrumento da estratégia exploradora e agressiva do grande capital e do imperialismo. Não deve nunca ser confundido com a legítima resistência à opressão.
Segundo o discurso dominante, o fantasma do terrorismo e da Al Qaeda que o personifica não para de crescer, alastra por todo o mundo islâmico, estende-se à Europa, nenhum país nem ninguém está ao abrigo dos seus golpes. É por isso necessário intensificar a «guerra ao terrorismo» e desde logo no Iraque, na Palestina, em todo o Médio Oriente. Estão em causa a «civilização» e os valores da Liberdade a que os «terroristas fanáticos» têm um ódio de morte. Nada de pôr em causa o neoliberalismo e a guerra que alimentam o desespero e práticas terroristas. A hora não é de hesitações nem de discutir razões em relação à guerra no Iraque. Ainda que os EUA tenham «errado» trata-se agora de ir em socorro das forças de ocupação para que o «terrorismo» não saia vitorioso, trata-se de «escolher» entre «aliados com quem partilhamos valores comuns» e o «terrorismo anti-ocidental». A hora é de calar divergências com os EUA e fortalecer a «aliança contra o terrorismo», reforçar o «elo transatlântico», fortalecer a NATO, militarizar a U.E., «projectar forças» por todo o mundo onde o «terrorismo» ameace ou possa vir a ameaçar. E em nome do «interesse nacional», tal como o entendem as classes dominantes, pretende-se calar a oposição, como o fez em Portugal o governo da direita a pretexto do envio da força da GNR para o Iraque.
Em resumo, estas são as traves mestras da argumentação reaccionária. Com o relançamento da psicose do «terrorismo», o que está em curso, uma vez mais, é uma gigantesca campanha visando ultrapassar as sérias dificuldades com que se depara a política de recolonização imperialista do mundo encabeçada pelos EUA. Desde logo e de modo espectacular no Iraque, e noutros países do Médio Oriente e Àsia Central como a Palestina, o Afeganistão ou a Turquia, onde se realizaram grandes manifestações contra o envio de tropas turcas para o Iraque. Mas também na Europa e nos EUA com o desenvolvimento de um forte movimento pela paz que se expressou nas recentes manifestações de Washington, de Paris durante o Fórum Social Europeu ou de Londres, em protesto contra a visita de Bush.
O imperialismo persiste em impor ao mundo uma «nova ordem» totalitária contra os trabalhadores e contra os povos. E para isso intensifica o militarismo, de que o lançamento da «Agência Europeia de Armamento» é exemplo recente. Intensifica o intervencionismo agressivo, nomeadamente a nível da NATO que planeia instalar forças de intervenção rápida na África Ocidental para melhor assegurar a pilhagem das multinacionais. Tenta assimilar ao terrorismo toda a forma de resistência, sobretudo se tiver uma componente armada. Abre fogo sobre direitos, liberdades e garantias fundamentais, reforçando forças de repressão e serviços secretos, segundo a perigosa filosofia que permite a Durão Barroso afirmar (Público, 20.11.03) que « é meramente burocrática a distinção entre ameaça interna e ameaça externa».
Sim, o terrorismo existe e tem de ser combatido nas suas raízes e manifestações. É por isso necessário denunciar a amálgama que está a ser feita com expressões de insubmissão, revolta e libertação contra o agressor estrangeiro. O movimento operário e comunista sempre denunciou o terrorismo, como forma errada e inconsequente de luta, que apenas aproveita aqueles que afirma combater. Com a guerra os EUA estão a levar o terrorismo onde ele não existia. Não o combatem, fomentam-no. A origem da Al Qaeda, criada pelos serviços secretos dos EUA e da reacção árabe para combater a revolução afegã, não deve ser esquecida. O terrorismo é um instrumento da estratégia exploradora e agressiva do grande capital e do imperialismo. Não deve nunca ser confundido com a legítima resistência à opressão.