A expedição
Soprando pundonor bélico e ansiedade serviçal, o Primeiro-ministro Durão Barroso ofereceu aos EUA de George W. Bush forças portuguesas para «colaborarem» na «reconstrução do Iraque».
Os EUA encolheram os ombros e Durão Barroso apontou para a GNR, após uma desalentada olhadela pelos três ramos das Forças Armadas portuguesas, onde não se lobrigrava nada nem ninguém disponível para a operação.
É preciso ver que a situação financeira nas Forças Armadas – entre outras igualmente prementes, mas talvez menos urgentes – é de tal modo que, o ano passado, a Marinha nem comemorou o dia do seu aniversário por falta de verbas para as manobras, enquanto o Exército anda há vários anos a poupar nos tiros de treino e a Força Aérea a voar baixinho, tudo porque é indispensável poupar nas despesas de funcionamento.
Portanto, toca a ir a GNR para o Iraque do senhor Bush. Ao todo, um poderoso contingente de 120 homens, que se não pesarem pela quantidade – de facto, nesse aspecto pouco acrescentarão aos mais de 100 mil homens que os EUA para lá disponibilizaram – hão-de notar-se pela proverbial qualidade dos expedicionários portugueses, que é pública e notória nas variadas missões internacionais em que os têm envolvido nos últimos anos.
Mas eis que, de repente, a partida destes homens é adiada por um mês e o ministro da Administração Interna, Figueiredo Lopes, explica gravemente porquê.
«Em nenhuma circunstância», adverte o governante, «o Governo autorizará a partida desta força sem lhe dar todos os meios que garantam que ela não vai correr riscos que possam ser evitados».
Achamos bem. Mas que se passa?
Simplesmente, a força expedicionária da GNR para o Iraque não dispõe de viaturas. Blindadas. As que foram compradas recentemente, acompanharam a força policial destacada para Timor Lorosae e por lá ficaram, como oferta às forças de segurança do novo país.
Agora, pelos vistos, são de novo tão necessárias que houve quem se lembrasse delas. Esperemos que não seja para as pedirem de volta…
De qualquer modo, o ministro já está a gizar uma solução para esta falha: enquanto não se decide a comprar novas viaturas, irá «pedi-las emprestadas» aos Carabinieri italianos com quem a GNR vai trabalhar! Melhor: sempre segundo o ministro, «encaramos a hipótese de, transitoriamente, enquanto não dispusermos desses meios, recorrermos a meios que no local sejam disponibilizados pela força em que nos enquadrarmos que é a brigada italiana»!
Portanto, mandamos os homens e confiamos que, por lá, os apetrechem e transportem! Já agora, que também os abriguem, alimentem e equipem.
O Governo de Durão Barroso agradece.
E o País avisa que nada tem a ver com tanta imbecilidade feito em seu nome.
Os EUA encolheram os ombros e Durão Barroso apontou para a GNR, após uma desalentada olhadela pelos três ramos das Forças Armadas portuguesas, onde não se lobrigrava nada nem ninguém disponível para a operação.
É preciso ver que a situação financeira nas Forças Armadas – entre outras igualmente prementes, mas talvez menos urgentes – é de tal modo que, o ano passado, a Marinha nem comemorou o dia do seu aniversário por falta de verbas para as manobras, enquanto o Exército anda há vários anos a poupar nos tiros de treino e a Força Aérea a voar baixinho, tudo porque é indispensável poupar nas despesas de funcionamento.
Portanto, toca a ir a GNR para o Iraque do senhor Bush. Ao todo, um poderoso contingente de 120 homens, que se não pesarem pela quantidade – de facto, nesse aspecto pouco acrescentarão aos mais de 100 mil homens que os EUA para lá disponibilizaram – hão-de notar-se pela proverbial qualidade dos expedicionários portugueses, que é pública e notória nas variadas missões internacionais em que os têm envolvido nos últimos anos.
Mas eis que, de repente, a partida destes homens é adiada por um mês e o ministro da Administração Interna, Figueiredo Lopes, explica gravemente porquê.
«Em nenhuma circunstância», adverte o governante, «o Governo autorizará a partida desta força sem lhe dar todos os meios que garantam que ela não vai correr riscos que possam ser evitados».
Achamos bem. Mas que se passa?
Simplesmente, a força expedicionária da GNR para o Iraque não dispõe de viaturas. Blindadas. As que foram compradas recentemente, acompanharam a força policial destacada para Timor Lorosae e por lá ficaram, como oferta às forças de segurança do novo país.
Agora, pelos vistos, são de novo tão necessárias que houve quem se lembrasse delas. Esperemos que não seja para as pedirem de volta…
De qualquer modo, o ministro já está a gizar uma solução para esta falha: enquanto não se decide a comprar novas viaturas, irá «pedi-las emprestadas» aos Carabinieri italianos com quem a GNR vai trabalhar! Melhor: sempre segundo o ministro, «encaramos a hipótese de, transitoriamente, enquanto não dispusermos desses meios, recorrermos a meios que no local sejam disponibilizados pela força em que nos enquadrarmos que é a brigada italiana»!
Portanto, mandamos os homens e confiamos que, por lá, os apetrechem e transportem! Já agora, que também os abriguem, alimentem e equipem.
O Governo de Durão Barroso agradece.
E o País avisa que nada tem a ver com tanta imbecilidade feito em seu nome.