Cabalística
Na origem hebraica a cabala era o sistema tradicional de interpretação das revelações bíblicas, mas o percurso histórico e a perseguição católica fundamentalista deram-lhe o significado de ciência e prática do oculto.
Na vida política do país abundam as cabalas que, secretas por definição, são às vezes conjecturadas, no que pode ser a verdade ou apenas uma ... cabala.
O PS anda enrolado na cabalística.
É verdade que certos passos processuais envolvendo dirigentes do PS podem estar condicionados por cabalas. A Justiça e os seus fautores, por maior que seja o rigor, são deste mundo, com tudo o que isso implica. E nesta área, com este Governo, já nada espanta.
E é verdade que, à volta do processo da pedofilia, são incontáveis as maquinações, também nos media, para mistificar estes e outros crimes, estejam na alçada da Justiça ou na política deste governo.
E são muitos os interesses cabalísticos que esgatanham no PS.
É lembrar as primeiras páginas do «Diário de Notícias», com fotos de Ferro e Herman sob o título «Convocados», ou a junção de títulos e fotos de Ferro e «Bibi», ou ver a inqualificável cobertura da RTP da aleivosia de Fátima F no Brasil, pondo o PS na lama.
Cabalas é coisa que o PS bem conhece, que as urdiu no passado, por exemplo, contra o PCP ainda nas últimas legislativas.
Mas desta vez o PS ficou encostado à parede. Digamos que não era fácil e não soube resistir e que, como (quase) sempre, deixou-se ír na vertigem do «se não a podes vencer junta-te a ela» - à direita, claro.
Certo é que PPortas saiu do julgamento da Moderna sem sequer um belisco dos advogados (da área do PS), que lhe tinham preparado o desastre (merecido) para a ocasião.
Certo é que Ferro, que há mês e meio, enganado pelo Governo no financiamento do PS, fustigava Durão, com quem «só voltaria a falar com testemunhas», propõe-lhe agora, duma penada, um mega-acordo até 2006, na administração interna, saúde, educação, reforma do Estado, etc, e faz depender a revisão constitucional do conluio numa golpada nas leis eleitorais.
Certo é que quando Durão prega o «fim da luta de classes» e Ferro passa em certos media a «líder moribundo», o PS rende-se ao Governo em busca do fim do escândalo, mas, de facto, num novo passo para a sua desgraça e em nova espiral de cedências à direita.
Haverá maneira de denunciar tanta cabala contra o essencial do regime democrático sem dizer que o PS está, pelo seu próprio pé, absolutamente comprometido na cabalística?
Na vida política do país abundam as cabalas que, secretas por definição, são às vezes conjecturadas, no que pode ser a verdade ou apenas uma ... cabala.
O PS anda enrolado na cabalística.
É verdade que certos passos processuais envolvendo dirigentes do PS podem estar condicionados por cabalas. A Justiça e os seus fautores, por maior que seja o rigor, são deste mundo, com tudo o que isso implica. E nesta área, com este Governo, já nada espanta.
E é verdade que, à volta do processo da pedofilia, são incontáveis as maquinações, também nos media, para mistificar estes e outros crimes, estejam na alçada da Justiça ou na política deste governo.
E são muitos os interesses cabalísticos que esgatanham no PS.
É lembrar as primeiras páginas do «Diário de Notícias», com fotos de Ferro e Herman sob o título «Convocados», ou a junção de títulos e fotos de Ferro e «Bibi», ou ver a inqualificável cobertura da RTP da aleivosia de Fátima F no Brasil, pondo o PS na lama.
Cabalas é coisa que o PS bem conhece, que as urdiu no passado, por exemplo, contra o PCP ainda nas últimas legislativas.
Mas desta vez o PS ficou encostado à parede. Digamos que não era fácil e não soube resistir e que, como (quase) sempre, deixou-se ír na vertigem do «se não a podes vencer junta-te a ela» - à direita, claro.
Certo é que PPortas saiu do julgamento da Moderna sem sequer um belisco dos advogados (da área do PS), que lhe tinham preparado o desastre (merecido) para a ocasião.
Certo é que Ferro, que há mês e meio, enganado pelo Governo no financiamento do PS, fustigava Durão, com quem «só voltaria a falar com testemunhas», propõe-lhe agora, duma penada, um mega-acordo até 2006, na administração interna, saúde, educação, reforma do Estado, etc, e faz depender a revisão constitucional do conluio numa golpada nas leis eleitorais.
Certo é que quando Durão prega o «fim da luta de classes» e Ferro passa em certos media a «líder moribundo», o PS rende-se ao Governo em busca do fim do escândalo, mas, de facto, num novo passo para a sua desgraça e em nova espiral de cedências à direita.
Haverá maneira de denunciar tanta cabala contra o essencial do regime democrático sem dizer que o PS está, pelo seu próprio pé, absolutamente comprometido na cabalística?