Sendo certo que muitas destas ori­en­ta­ções já se en­con­tram cum­pridas ou se mantêm ac­tuais, en­tre­tanto muitas con­di­ci­o­nantes se mo­di­fi­caram e ques­tões novas sur­giram que devem ser dis­cu­tidas e apro­fun­dadas, para que, de acordo com o «Guião de Ideias» pro­posto pela di­recção da Festa às or­ga­ni­za­ções, «a Festa do Avante con­tinue a ser uma im­por­tante ini­ci­a­tiva na in­ter­venção po­lí­tica do PCP».

Tal como há oito anos, quando da re­a­li­zação do 1.º Se­mi­nário Na­ci­onal, o de­bate já re­a­li­zado teve em linha de conta al­gumas re­co­men­da­ções que, não cons­ti­tuindo ideias aca­badas e de­fi­ni­tivas, são pa­tri­mónio e ex­pe­ri­ên­cias da Festa.

Para além da aná­lise e de­fi­nição de ori­en­ta­ções re­la­tivas a as­pectos prá­ticos da Festa, no­me­a­da­mente con­cepção e cons­trução, pro­grama po­lí­tico e cul­tural, fun­ci­o­na­mento, fi­nan­ci­a­mento e pro­moção, o de­bate tem ainda rei­te­rado, na sua ge­ne­ra­li­dade, al­guns dos prin­cí­pios que desde sempre pre­si­diram à re­a­li­zação da Festa. A des­tacar:

- «A Festa é de todos», par­ti­cu­lar­mente da ju­ven­tude, e não apenas dos co­mu­nistas, cons­ti­tuindo um im­por­tante factor de mo­bi­li­zação e di­na­mi­zação da or­ga­ni­zação do Par­tido, sendo o apro­vei­ta­mento do tra­balho mi­li­tante de im­por­tância cen­tral.

- Ini­ci­a­tiva da res­pon­sa­bi­li­dade de todo o Par­tido, a Festa exige, cada vez mais, uma maior ca­pa­ci­dade de or­ga­ni­zação e com­bate ao im­pro­viso, sendo de re­jeitar ten­dên­cias que, cen­tradas nos re­sul­tados fi­nan­ceiros, po­nham em causa o equi­lí­brio entre a ob­tenção de re­cursos para a ac­ti­vi­dade par­ti­dária e o con­teúdo po­lí­tico-cul­tural da Festa.

- A Festa deve con­ti­nuar a re­flectir o Par­tido que somos, os ele­vados ideais co­mu­nistas e va­lores pro­fun­da­mente de­mo­crá­ticos, pers­pec­ti­vando um pro­jecto de so­ci­e­dade por que vale a pena lutar.