Vencer dificuldades, melhorar desempenho
«Caminhar com confiança», foi o lema da 9.ª Assembleia da Organização Concelhia de Guimarães, que se realizou no sábado passado, no Auditório do Centro de Trabalho do PCP em Guimarães.
No seu pleno de actividades para 2003, a Assembleia de Guimarães aponta como objectivo primeiro o reforço da influência política do Partido, nomeadamente através do combate à campanha de descrédito em curso sobre as posições do PCP, a sua actividade e funcionamento, o que impõe aos comunistas darem-se a conhecer, para que não os julguem segundo «a caricatura que alguns vendem» mas por aquilo que realmente são. Para a concretização dessa finalidade, propõem-se, pois, aproveitar todas as iniciativas políticas e populares, designadamente a Festa do Avante e da Festa da Alegria.
Aumentar a influência eleitoral do PCP e da CDU foi outro objectivo traçado pela 9ª Assembleia de Guimarães que, entretanto, considera que a voz dos comunistas e as suas opiniões «são geralmente aceites e respeitadas», em virtude do comportamento digno e coerente que sempre assumem.
É certo, afirma-se no programa de actividades proposto à Assembleia, que há obstáculos externos à acção do Partido que, para se vencer, exigem tenacidade e poder de persuasão, mas não chega: é necessário também que os próprios militantes vençam dificuldades próprias com vista a melhorar o nível e a qualidade do seu desempenho, nomeadamente no plano da informação e divulgação das propostas e ideias do PCP. De facto, independentemente da distorção que grande número de órgãos de comunicação social faz das posições do PCP, existe um vasto campo de interacção entre este e a imprensa que é possível ocupar e que se deve ocupar para retirar crédito à mentira e à propaganda adversa ao PCP.
Mais empenhamento
Apesar de uma forte presença no mundo do trabalho e nas organizações representativas dos trabalhadores, a organização concelhia de Guimarães considera que é possível «ir mais longe». Por outro lado, relativamente a outras estruturas associativas e colectividades populares, tem consciência da sua menor presença. No próximo ano, pretende pois dar à questão social uma nova dinâmica, o que desde logo, adverte, exige um maior «empenhamento, disponibilidade e dedicação» dos comunistas, a quem ainda se coloca a necessidade de «mais clarividência na análise das conjunturas e lucidez nas decisões e orientações».
A formação ideológica e o incentivo à capacidade crítica é igualmente uma tarefa inadiável face ao combate «intenso, prolongado e exigente» que se adivinha contra a política e projectos da direita.
Quanto à acção de avaliação do número exacto de militantes em curso no PCP, a 9ª Assembleia diz que ele vai permitir retomar contactos, refazer ligações, restabelecer ligações interrompidas ou perdidas» e, relativamente à imprensa do Partido, considera a necessidade de reforçar a sua difusão e divulgação.
O último objectivo da Assembleia, decisivo afinal para a concretização de todos os outros, é o de reforçar a organização. Para tanto, a Assembleia elegeu uma nova Comissão Concelhia, constituída por 26 elementos, representativa em termos profissionais e territoriais. Dela fazem parte homens e mulheres que «pela primeira vez assumem a responsabilidade de dirigir o PCP em Guimarães» e que, ao lado de outros mais experientes, «garantem uma Concelhia dinâmica e operativa» que, no desempenho das tarefas, terá em conta as preferências e disponibilidades dos seus membros.