Coreia do Norte

Powell quer «novo acordo»

O secretário de Estado norte-americano, Colin Powell, defendeu, anteontem, a necessidade de um «novo acordo» para conter a capacidade da Coreia do Norte na produção de armas nucleares.

O acordo estabelecido em 1994 entre os Estados Unidos (administração Bill Clinton) e a Coreia do Norte «conseguiu colocar a produção de armas nucleares sob controlo, mas deixou intacta a capacidade de produção», explicou Powell em entrevista ao «Wall Street Journal».

O chefe do Departamento de Estado referiu ainda que os Estados Unidos ainda não decidiram se vão aprovar o prosseguimento da construção de dois reactores de água ligeira, prometida no acordo de 1994, caso Pyongyang abandonasse toda a actividade nuclear militar.

Relativamente ao pedido da Coreia do Norte de um pacto de não agressão, Powell referiu que Washington está pronto a analisar o desejo de Pyongyang, mas só depois do abandono prévio do seu programa nuclear.

 

Pressões internacionais

 

Enviados da Austrália e da ONU puseram-se, no mesmo dia, a caminho de Piong Yang, para tentarem dissuadir o governo norte-coreano de prosseguir o seu programa nuclear à margem do controlo internacional

Oficialmente o enviado da ONU coloca em primeiro plano a sua preocupação de ajudar a Coreia do Norte a evitar uma «crise humanitária» resultante da fome. No entanto, o homem de negócios canadiano Maurice Strong, enviado por Kofi Annan, irá também discutir com os responsáveis coreanos os problemas resultantes da presente crise em torno do programa nuclear coreano.

Por seu lado, os delegados australianos, que integram a primeira missão ocidental a ser recebida pelo regime de Pyongyang, depois do início da suposta crise sobre o seu programa atómico, esperam entregar uma carta do chefe da diplomacia australiana, Alexandre Downer, ao seu homólogo norte-coreano, Paek Nan-Sun, pedindo-lhe para que coopere nos esforços diplomáticos para atenuar a tensão na região.

Entretanto, o ministro russo da Energia, Alexandre Rumiantsev, pôs, segunda-feira, em dúvida que a Coreia do Norte estivesse a desenvolver armas nucleares, afirmando que «se essas tecnologias (para armamento nuclear) estivessem a ser desenvolvidas, isso notava-se».

O ministro russo justificava desse modo a disponibilidade de Moscovo para «construir em sete anos uma central nuclear na Coreia do Norte, chave na mão, se Piong Yang pedir».



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