Campo Pequeno enche na maior iniciativa de campanha

Dar voz à indignação e à mudança

Mi­lhares de apoi­antes de Fran­cisco Lopes lo­taram, do­mingo, o Campo Pe­queno, em Lisboa, de­mons­trando que no dia 23 é pos­sível cons­truir um re­sul­tado que ex­presse a in­dig­nação po­pular para com o rumo de in­jus­tiça so­cial e de­clínio na­ci­onal, e ma­ni­feste a exi­gência de mu­dança de po­lí­tica.

«Esta can­di­da­tura di­rige-se a todos os que não se re­signam nem de­sistem»

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«Temos pe­rante todos e cada um de nós a exi­gência de uma in­tensa se­mana de es­cla­re­ci­mento e mo­bi­li­zação para o voto na nossa can­di­da­tura», disse Fran­cisco Lopes no final da sua in­ter­venção no Campo Pe­queno. A afir­mação traduz o apelo para que, até ao pró­ximo do­mingo, se re­do­brem os es­forços para ga­nhar a cons­ci­ência dos tra­ba­lha­dores e do povo, le­vando-os a juntar-se aos «ho­mens e mu­lheres que não são in­di­fe­rentes, que se in­dignam, que se unem e mo­bi­lizam contra a in­jus­tiça e a ex­plo­ração».

Por esse ca­minho, con­ti­nuou o can­di­dato, é pos­sível romper o coro de vozes que «in­sistem em de­finir por nós os ob­jec­tivos da nossa can­di­da­tura» e re­a­firmar que «esta é uma can­di­da­tura di­ri­gida a todos os pa­tri­otas e de­mo­cratas, a todos os que tendo tido an­te­ri­or­mente ou­tras op­ções de voto se sentem jus­ta­mente en­ga­nados, a todos os por­tu­gueses que não se re­signam nem de­sistem de cons­truir uma vida me­lhor».

Sendo esta «a única can­di­da­tura em que os tra­ba­lha­dores sabem poder con­fiar para de­fender os seus di­reitos, a me­lhoria dos seus sa­lá­rios, a sua dig­ni­dade», é igual­mente, no con­texto da po­lí­tica de di­reita ao ser­viço da grande bur­guesia na­ci­onal e es­tran­geira, «a can­di­da­tura que as­sume as pre­o­cu­pa­ções dos micro, pe­quenos e mé­dios em­pre­sá­rios, in­cluindo os agri­cul­tores», que dá ga­ran­tias da de­fesa de um «fu­turo de re­a­li­zação pes­soal e pro­fis­si­onal ao jo­vens, à novas ge­ra­ções», que dá «ex­pressão aos di­reitos das mu­lheres» e, ape­lando à sua par­ti­ci­pação e luta, com­bate pelo «cum­pri­mento do di­reito à igual­dade».

«Esta é a can­di­da­tura que dá ex­pressão e voz à dig­ni­dade dos re­for­mados, pen­si­o­nistas e idosos, das pes­soas por­ta­doras de de­fi­ci­ência, aos in­te­lec­tuais e qua­dros téc­nicos, aos ho­mens e mu­lheres de cul­tura», frisou ainda Fran­cisco Lopes, por isso, «a todos eles, di­zemos que no dia 23 de Ja­neiro façam ouvir a sua voz, que le­vantem bem alto a sua voz pelo di­reito a uma vida digna vo­tando na minha, na nossa can­di­da­tura».

Certo e se­guro é que «esta can­di­da­tura não se ca­lará pe­rante a in­jus­tiça e a ex­plo­ração», e que «pesa e pe­sará tanto mais no fu­turo pró­ximo do País quanto cada um dos por­tu­gueses que as­pira a uma vida me­lhor lhe dê o seu apoio», até porque Fran­cisco Lopes ga­rante estar «pronto a as­sumir todas as res­pon­sa­bi­li­dades» que o povo en­tenda atri­buir-lhe nesta eleição.

 

Está nas mãos de cada um

 

O exer­cício do di­reito de voto pe­sando os in­te­resses pró­prios e es­ca­pando à in­ci­siva cam­panha de mis­ti­fi­cação e con­di­ci­o­na­mento te­cida pelo ca­pital tem sido uma das tó­nicas do­mi­nantes no dis­curso de Fran­cisco Lopes. «O des­fecho destas elei­ções e o que nelas se de­ci­dirá não será tra­çado na base de son­da­gens, pal­pites ou ou­tros prog­nós­ticos», lem­brou.

Res­pon­sa­bi­li­zando os elei­tores pela de­cisão de ter como Pre­si­dente quem use «os seus po­deres para travar o rumo de in­jus­tiças so­ciais e a ver­go­nhosa sub­missão do poder po­lí­tico ao poder eco­nó­mico, quem en­frente com honra o ataque do ca­pital fi­nan­ceiro e quem não se vergue pe­rante os in­te­resses das grandes po­tên­cias eu­ro­peias, quem cumpra e faça cum­prir a Cons­ti­tuição da Re­pú­blica» e exerça as fun­ções que lhe são con­fi­adas «no res­peito pelos va­lores de Abril e pelos di­reitos e con­quistas so­ciais dos tra­ba­lha­dores e do povo Por­tu­guês», Fran­cisco Lopes alertou que «é nas mãos de cada por­tu­guês que está a opção de­ci­siva entre deixar tudo na mesma ou es­co­lher a mu­dança de que o País pre­cisa».

 

A força da al­ter­na­tiva e da luta

 

O Campo Pe­queno tem his­tória no que ao PCP e seus ali­ados diz res­peito. Em ne­nhuma das muitas ini­ci­a­tivas ali re­a­li­zadas em cam­pa­nhas elei­to­rais, co­mí­cios e até um con­gresso o es­paço se re­velou ex­ces­sivo. Do­mingo à tarde não foi ex­cepção, e o facto de o re­cinto, agora mul­ti­fun­ci­onal, apre­sentar uma mol­dura hu­mana «im­pres­si­o­nante», como re­feriu Je­ró­nimo de Sousa na sua in­ter­venção (ver pá­gina 7), não é menor.

Antes de mais porque não se con­firma o «de­fi­nha­mento ir­re­ver­sível dos co­mu­nistas» e a con­se­quente erosão da sua base so­cial de apoio. Pelo con­trário. Des­men­tindo a re­tó­rica dos que tomam os seus de­sejos pela re­a­li­dade, ali es­teve o po­de­roso des­file da ju­ven­tude, re­flec­tindo a adesão das novas ge­ra­ções ao pro­jecto eman­ci­pador e hu­ma­nista des­ta­cado em cada ba­talha tra­vada pelo re­vo­lu­ci­o­ná­rios por­tu­gueses.

No caso con­creto do pe­ríodo elei­toral, os jo­vens fi­zeram sua a ban­deira da de­fesa da Cons­ti­tuição, afir­mando o Ar­tigo 70 que lhes ga­rante «pro­tecção es­pe­cial para efec­ti­vação dos seus di­reitos eco­nó­micos, so­ciais e cul­tu­rais», e, por isso, dizem ser seu e ma­ni­festam-se dis­postos a de­fendê-lo rei­vin­di­cando a sua apli­cação.

Mas os exem­plos de de­ter­mi­nação e en­tu­si­asmo em fazer parte da imensa força que na luta cons­trói a al­ter­na­tiva não se es­go­taram na acção da ju­ven­tude. Utentes e tra­ba­lha­dores das mar­gens Norte e Sul do Tejo es­cre­veram em pano cru as res­pec­tivas rei­vin­di­ca­ções – por mais e me­lhores ser­viços pú­blicos; contra o roubo dos sa­lá­rios e das pen­sões e o au­mento da ex­plo­ração.

À me­dida que as ban­cadas se foram en­chendo, as ban­deiras pin­tadas de branco, ver­melho e verde ga­nharam vida, por vezes ao ritmo das pa­la­vras de ordem «Fran­cisco, Avança, com toda a con­fi­ança» e «A luta con­tinua», agi­tando-se no ar quando o apre­sen­tador, Cân­dido Mota, lem­brou que esta can­di­da­tura foi a única que sem he­si­ta­ções es­teve com os cerca de três mi­lhões de tra­ba­lha­dores que ade­riram à greve geral; ou quando Se­bas­tião An­tunes, dos Qua­drilha, con­fessou o de­sejo de que Fran­cisco Lopes tenha, no dia 23, «um re­sul­tado elei­toral que esta ide­o­logia há muito me­rece».

Vi­va­ci­dade e ale­gria fun­dadas na razão que eco­aram com as pa­la­vras do man­da­tário na­ci­onal da can­di­da­tura, José Ba­rata Moura, cuja in­ter­venção (ver pá­gina 8) de­sas­som­brada con­tri­buiu para re­forçar a con­vicção de todos os par­ti­ci­pantes na maior ini­ci­a­tiva po­lí­tica destas elei­ções, muitos dos quais in­te­gram a di­nâ­mica quo­ti­diana que faz da nossa cam­panha um ímpar mo­vi­mento de massas.



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Prosseguir Abril

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