José Magro nasceu há 90 anos

Uma vida exemplar

Assinala-se no sábado o 90.º aniversário do nascimento de José Magro, destacado militante e dirigente do PCP. Nascido em Lisboa, na freguesia operária de Alcântara, participou activamente nas lutas estudantis de 1937/1942. Foi ainda enquanto estudante que, em 1940, aderiu ao PCP, cujo quadro de funcionários clandestinos integrou desde 1945.
Pouco depois, foi destacado para funcionário do Movimento de Unidade Nacional Antifascista (MUNAF), tarefa que assegurou durante três anos. No cumprimento dessas tarefas, deslocou-se para o Norte do País, de forma a assegurar um contacto regular com o presidente do Conselho Nacional do MUNAF, general Norton de Matos, que residia em Ponte de Lima. Em 1946, está entre os militantes que participam no histórico IV Congresso do PCP.
Três anos depois, após a campanha presidencial de Norton de Matos, José Magro reingressou no quadro de funcionários do PCP, começando por integrar a direcção da organização do Porto. Mas devido à vaga de prisões ocorrida nesse ano – Álvaro Cunhal, Militão Ribeiro, Sofia Ferreira, António Dias Lourenço, Georgete Ferreira, entre outros – voltou para Lisboa, tendo como tarefa principal assegurar o controlo do conjunto de empresas dos arredores de Lisboa. Por essa altura, foi cooptado para membro suplente do Comité Central do PCP.
Em Janeiro de 1951 é preso pela primeira vez. Submetido às mais violentas torturas, recusou-se sempre a prestar declarações. Libertado em Fevereiro de 1957, regressa à clandestinidade, desenvolvendo a sua actividade primeiro no Norte e novamente em Lisboa, desta vez na preparação das «eleições» presidenciais de 1958. No ano anterior, participara no V Congresso do Partido, no qual seria eleito para o Comité Central.
Novamente preso em 1959 e novamente sujeito a violentas torturas, José Magro manteve a sua postura firme perante os carcereiros. Em Dezembro de 1961 está entre os participantes na histórica fuga de Caxias no carro blindado – de que foi o principal organizador.
De volta à liberdade, regressa também à luta, assumindo um papel destacado na grande jornada de luta de 1.º de Maio de 1962. Mas seria novamente preso, só saindo da prisão no dia 27 de Abril de 1974. Tinha, então, 54 anos – 21 dos quais passados na prisão.
Depois do 25 de Abril, foi membro da Direcção da Organização Regional de Lisboa do PCP e deputado à Assembleia Constituinte e à Assembleia da República. Posteriormente, foi responsável pela direcção das regiões autónomas dos Açores e da Madeira. Foi reeleito para o Comité Central do Partido em todos os congressos, até à sua morte em Fevereiro de 1980.


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