Milhões para subversão contra Cuba e Venezuela
Ao longo de anos, os EUA gastaram milhões de dólares, através da USAID, para financiar organizações não governamentais e outras entidades que levaram a cabo acções subversivas contra Cuba e a Venezuela, visando derrubar os seus legítimos governos.
USAID financiou com milhões de dólares grupos para subverter Cuba e Venezuela
A Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (USAID) gastou entre 2007 e 2013 mais de 120 milhões de dólares para subverter a ordem constitucional em Cuba, denunciou o ministro dos Negócios Estrangeiros cubano, Bruno Rodríguez. Revelou também que, entre 2001 e 2006, a agência governamental norte-americana destinou 61 milhões de dólares para 142 «projectos ilegais» contra o povo cubano.
O governante qualificou de «insólito» que uma agência oficial de desenvolvimento utilize recursos para «apoiar uma mudança de governo e enriquecer os que lucram com o sofrimento do povo cubano».
Já o presidente de Cuba, Miguel Díaz-Canel, assinalou que o seu país denuncia, desde há anos, as somas milionárias que a USAID destinou a operações de subversão.
«O governo dos EUA e a imprensa sensacionalista estão alarmados pelos milionários projectos da USAID para a subversão, com financiamentos aos chamados meios e organizações não governamentais (ONG) independentes, mas nós desde há anos que os denunciamos», afirmou o chefe do Estado cubano. Acrescentou que é «muito fácil seguir o rasto do dinheiro» e ver quem são os novos milionários surgidos à custa de tais projectos.
No começo de Fevereiro, o presidente dos EUA, Donald Trump, decidiu reestruturar a USAID, tendo o secretário de Estado, Marco Rubio, passado a dirigir interinamente esta agência.
«Caíram as máscaras» ao imperialismo
O presidente Nicolás Maduro denunciou a fraude multimilionária dos dirigentes da extrema-direita venezuelana com os fundos entregues pela agência norte-americana. «A USAID disse oficialmente o que nós já sabíamos», que entregou a Guaidó, Leolpoldo López, Maria Corina Machado, Julio Borges e Antonio Ledezma, 1720 milhões de dólares a pretexto de uma dita «ajuda humanitária», afirmou Nicolás Maduro, prevendo que «um dia, Guaidó e todo esse bando de ladrões e golpistas serão presos».
Também o secretário executivo da Aliança Bolivariana para os Povos da Nossa América – Tratado de Comércio dos Povos (ALBA-TCP), Jorge Arreaza, afirmou que caíram as máscaras ao imperialismo com o escândalo que atinge a USAID, deixando «desnudadas as suas intervenções com objectivos políticos no mundo através dos recursos da USAID».
O responsável manifestou que o caso da Venezuela é patético. Ali, organizações não governamentais «em relação ao governo venezuelano, mas muito governamentais com respeito a Washington», montaram toda uma rede para receber recursos com objectivos políticos, com os quais propiciaram a «desestabilização das instituições do país».
Arreaza denunciou que, sob o guarda-chuva de um suposto plano de «ajuda humanitária», tais ONG venezuelanas utilizaram fundos estrangeiros para agredir o seu próprio povo. A par dos que embolsaram os recursos, como Juan Guaidó e companhia, outros usaram-nos na Venezuela para financiar projectos visando minar a base da Revolução Bolivariana.