Criminalidade em Lisboa utilizada para esconder outros problemas
Os dados da PSP contradizem o discurso do Governo e do presidente da Câmara Municipal de Lisboa (CML), Carlos Moedas, que têm insistido na existência de um sentimento de insegurança entre a população.
CDU exige uma política que reverta o encerramento de esquadras
Dados oficiais da PSP, divulgados no final do mês passado, voltaram a mostrar uma descida [na ordem dos 10 por cento] da criminalidade na cidade de Lisboa em 2024, ano que teve mesmo a segunda maior queda do número de crimes durante a última década.
«A seriedade que se exige no tratamento das questões da segurança das populações não é compatível com a sua utilização como biombo para esconder outros problemas, ou os fracassos de uma gestão municipal que a cada dia se revela mais incapaz e incompetente», refere a CDU em www.facebook.com/CDULisboa, onde recorda uma entrevista de João Ferreira, vereador e candidato a presidente da CML, à radio «Observador», emitida a 18 de Janeiro, sobre o assunto.
Também o Secretário-Geral do PS, Pedro Nuno Santos, referindo-se aos maiores problemas de Lisboa, destacou o «grave problema da segurança». «Contrariando políticas levadas a cabo tanto pelo PSD-CDS como pelo PS, seja no governo da cidade, seja no Governo do País», a CDU exige «uma política que reverta o encerramento de esquadras (em lugar de o levar ainda mais longe) e a redução dos efectivos, nos seus meios e formação, que valorize a dimensão preventiva e não meramente reactiva, que envolva as populações no delinear de medidas tendentes a reforçar a sua própria segurança, valorizando o Conselho Municipal de Segurança (que com Carlos Moedas apenas reuniu duas vezes), que privilegie o policiamento de proximidade e comunitário, e que contribua – pelo funcionamento geral de outras políticas sectoriais, que vão da limpeza e higiene urbana à iluminação pública, à mobilidade, passando pelo urbanismo – para incrementar o sentimento de segurança das populações».
Setúbal
Também em Setúbal houve uma redução significativa da criminalidade no território do município face ao ano anterior, segundo os comandantes da PSP e da GNR que estiveram reunidos na segunda-feira, 3, com o presidente da Câmara Municipal, André Martins. «Face a esta informação que nos foi transmitida, consideramos a situação muito positiva para um território que é um espaço de atractividade para as pessoas e de dinamização económica. Quem escolheu Setúbal para viver tem razões acrescidas para um sentimento de segurança generalizado», salientou André Martins.