Nova ofensiva contra a SATA
Face às recentes notícias de investigações em curso sobre alegados comportamentos criminosos que poderão ter prejudicado a SATA, o PCP emitiu, no dia 6, um comunicado em que afirma estar a levar-se a cabo uma nova ofensiva contra a companhia e o direito à mobilidade nos Açores.
«O que se está a tentar fazer é a transformação da vítima, SATA, em criminosa, numa mistura de factos com falsificações», sublinha, lembrando a tentativa de privatização da empresa, não concretizada, mas que deixou graves prejuízos.
«Perante estes factos», refere, «é fundamental garantir o total apuramento das responsabilidades políticas, penais e criminais dos prejuízos» impostos por opções erradas ou por comportamentos criminosos.
O Partido defende, ainda, que a Região e o Estado garantam à SATA mais financiamento, equilíbrio financeiro, e respeito e valorização dos seus trabalhadores, para que esta efectivamente assegure ligações aéreas ao continente a um custo ainda menor do que o actual e contribua para o desenvolvimento dos Açores.
Na nota, destaca-se que o modelo de liberalização no transporte aéreo dos Açores «está a colocar em risco o futuro da SATA», favorecendo as suas concorrentes, empresas estrangeiras, em centenas de milhões de euros dos cofres públicos.
O PCP recorda, ainda, as diversas auditorias do Tribunal de Contas que, confirmando os alertas dos comunistas, apontaram causas estruturais para a degradação financeira da companhia, nomeadamente o seu subfinanciamento crónico.
Este comunicado, surge na sequência da notícia de que um actual deputado do PS estará a ser investigado por, alegadamente, ter realizado (quando fazia parte do governo regional) negócios danosos com a SATA, que teriam resultado em prejuízos de centenas de milhões de euros para a companhia.