Alternativa política na Madeira exige o fim da governação PSD

Em reacção ao chumbo do orçamento da Madeira, o PCP denunciou que a proposta representava a continuidade da política de direita na região, criticando, ainda, as «manobras» de PS, JPP, CH, IL e PAN.

Para lá da propaganda, proposta de orçamento dava continuidade à política de direita do PSD


«É conhecida a avaliação do PCP sobre o que tem significado para os trabalhadores, o povo e a região décadas de governação do PSD», afirma o Partido, em nota de dia 10, sublinhando que o combate às desigualdades, injustiças, corrupção e alastramento da pobreza é «inseparável da demissão do actual governo».

Sobre a «manobra de adiar a moção de "censura"» apresentada pelo CH, os comunistas destacam que tal só foi possível com a «conivência do PS e JPP, a pretexto da aprovação do orçamento regional», adiando a «necessidade de mudança política na região», deixando a «governação moribunda ligada às máquinas» e prolongando «uma política que não dá resposta aos problemas» da Madeira.

«A actual situação», frisa o Partido, «exige devolver a palavra ao povo, e garantir uma nova correlação de forças na assembleia regional», voltando a eleger deputados da CDU.

Um orçamento danoso
Antes da rejeição, numa acção de contacto no dia 2, já Ricardo Lume, dirigente regional do PCP, havia criticado a proposta de orçamento, denunciando que, para lá da propaganda, manipulação e mascarar de números, eram mantidas as opções de direita de orçamentos anteriores da maioria PSD (nessa altura, com o apoio de CH, IL e PAN).

A título de exemplo, o dirigente destacou que, de acordo com as previsões da proposta, os madeirenses pagariam, em média, quase 5 mil euros em impostos directos e indirectos. Isto, num claro contraste com os grupos económicos, que beneficiariam de 83,5 milhões em borlas fiscais.

Ricardo Lume denunciou, ainda, outras opções danosas da proposta, como a transferência de dinheiros públicos para serviço da dúvida, PPP e sociedades de desenvolvimento (706 milhões), a redução das verbas para trabalhadores de serviços públicos (de 22,5 por cento em 2024, para 19,6 em 2025), ou a promoção do negócio da doença e das formações em vez da garantia do direito à saúde e ao ensino.

 



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