Há soluções para o distrito do Porto e o País

João Oliveira, deputado do PCP ao Parlamento Europeu, realizou, nos dias 4 e 5, uma jornada de trabalho no distrito do Porto onde participou em sessões, encontros, e contactos com trabalhadores e populações.

20 milhões de euros para o militarismo deveriam ser gastos em serviços públicos e habitação


Na tarde de dia 4, junto à estação de Metro D. João II, Gaia, o deputado interveio num participado comício, denunciando o Orçamento da UE para 2025, que destina cerca de 20 milhões de euros à ingerência, política de confrontação, militarismo, guerra e controlo de fronteiras.

João Oliveira lembrou que este é dinheiro que falta ao necessário apoio aos sectores produtivos, à coesão económica, social e territorial, e ao investimento em áreas como os serviços públicos e a habitação. Nesse sentido, denunciou um Orçamento do Estado que, tal como o da UE, prioriza os grupos económicos em detrimento dos trabalhadores e do povo.

O comício contou, ainda, com a intervenção de André Araújo, eleito na Assembleia Municipal de Gaia, que denunciou os problemas de mobilidade no concelho, particularmente os que decorrem do funcionamento da rede UNIR.

Também nesse dia, o deputado pôde ouvir depoimentos de representantes de associações de moradores e movimentos em defesa do direito à habitação, que denunciaram a expulsão de moradores da cidade do Porto e a forma como se intensifica a exclusão social, fruto da especulação.

Na sessão, que decorreu na Associação de Moradores da Lomba, Porto, João Oliveira destacou propostas do PCP para o combate a estes e outros problemas (como o drama dos valores das rendas, preços e créditos à habitação), como a criação de um financiamento da UE para a expansão e requalificação dos parques habitacionais públicos.

Romper com as opções neoliberais
Já no dia 5, o eleito participou num encontro com trabalhadores do sector dos transportes, no Porto, onde, dos vários testemunhos, ficaram patentes as consequências negativas das opções neoliberais da UE, que conduziram à degradação e mercantilização do serviço público de transportes.

Nesse sentido, João Oliveira frisou a urgência em valorizar os trabalhadores e reverter os processos de privatização e liberalização nos transportes.

No final do dia, o deputado esteve presente na sessão «Instrumentalização da cultura e resistência», no CT da Boavista, onde sublinhou as propostas do Partido, tanto na UE (na defesa da identidade cultural de cada povo, e contra a hegemonização e mercantilização da cultura), como no País (com o reforço de meios para a preservação do património, defesa dos agentes culturais, e promoção do acesso à cultura).

Frutífera jornada de trabalho
A jornada, que teve como objectivo aprofundar o conhecimento dos problemas concretos do País e, em particular, do distrito do Porto, contou, ainda, com outras iniciativas com a participação de João Oliveira.

No dia 4, o deputado reuniu com a Propeixe, Matosinhos (exigindo um novo porto de pesca) e com a Associação Empresarial da Maia (onde se destacaram os apoios necessários às MPME), e encontrou-se com reformados e pensionistas de Valongo (realçando a proposta de aumento das pensões defendida pelo PCP, e chumbada pelas forças da política de direita).

Já no dia seguinte, o eleito contactou com a população na feira de Gondomar (recolhendo assinaturas para o abaixo-assinado da acção nacional Aumentar salários e pensões), e almoçou com trabalhadores da Câmara Municipal desta cidade.

 



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