G77 + China defendem direito de Cuba ao desenvolvimento
O Grupo G77 + China exige a retirada imediata de Cuba da lista arbitrária e unilateral dos EUA de países que supostamente “apoiam o terrorismo”. A exigência surge numa declaração aprovada na 48.ª reunião de ministros dos Negócios Estrangeiros do Grupo, realizada recentemente em Nova Iorque.
Os participantes reconhecem que a inclusão de Cuba nessa lista reforça os efeitos do bloqueio económico, comercial e financeiro imposto ilegalmente pelos EUA ainda na década de 60 e reforçado nos últimos anos. É hoje ainda mais difícil a Cuba fazer operações financeiras e comerciais internacionais, o que, salientam, ameaça a subsistência e integridade do povo cubano.
O ministro das Relações Exteriores de Cuba, Bruno Rodriguéz, agradeceu a declaração, considerando-a uma «valiosa expressão de solidariedade que acresce às mais de 900 petições que este ano exigiram a imediata rectificação desta grave injustiça cometida contra o povo cubano.
O G77 + China agrupa 134 Estados, representando dois terços dos membros das Nações Unidas e 80 por cento da população mundial.
ICAP recebe carta-aberta
Em Portugal, o Conselho Português para a Paz e Cooperação (CPPC) e a Associação de Amizade Portugal-Cuba (AAPC) entregaram a uma delegação do Instituto Cubano de Amizade com os Povos (ICAP), que visitou o País, uma carta-aberta que exige a retirada de Cuba da dita lista de “países que patrocinam o terrorismo”, que os EUA inventaram.
Assinada por 25 organizações portuguesas das mais variadas áreas de intervenção, a carta lembra que «há mais de 60 anos que os EUA impõem, unilateralmente, um bloqueio económico, comercial, financeiro contra a República de Cuba, procurando obstaculizar e mesmo privar este país da aquisição de alimentos, medicamentos, combustíveis, matérias-primas e equipamentos essenciais para a economia cubana e, assim, atingir as condições de vida do povo cubano». A inclusão de Cuba na famigerada lista dos EUA, acrescenta-se, «tem graves consequências para a economia do país, constituindo na prática um reforço do criminoso e ilegal bloqueio», que representa o mais sério obstáculo ao pleno desenvolvimento de Cuba.
O CPPC e a AAPC participaram em várias iniciativas com o ICAP, cuja delegação era composta pela vice-presidente, Noemi Fernandes, e pela responsável pela ligação à Europa, Ibis González.