No sábado, 31, activistas e dirigentes do PCP e do PEV visitaram a Serra de Água, na Ribeira Brava, Madeira, onde a população, a floresta e as zonas agrícolas foram as mais afectadas pelos incêndios que se iniciaram a 14 de Agosto, precisamente naquela freguesia.

No final da iniciativa, Ricardo Lume, do PCP, salientou que agora que os «holofotes dos órgãos de comunicação social nacional e internacional deixaram de estar direccionados para os acontecimentos fatídicos que assolaram a Região» no passado mês, «não podemos permitir» que, tal como aconteceu em anteriores catástrofes naturais, «as populações afectadas, o correcto ordenamento do território e a prevenção de riscos caiam no esquecimento» do poder político. Após contacto com os moradores, deu conta do «descrédito» destes em relação às medidas propagandeadas pelos governantes e frisou que «se não forem tomadas medidas imediatas na recuperação e reconstrução de levadas» e de «limpeza das linhas de água» as «produções agrícolas podem ser postas em causa».

No dia 29, uma delegação da CDU, com Edgar Silva, do PCP, e Marco Fernandes, do PEV, entregou no Parlamento Regional propostas de acção para fazer face à catástrofe provocada pelos incêndios na ilha, nomeadamente requerer apoios extraordinários da União Europeia, aprovar medidas de estabilização de emergência de solos em todas as zonas de incêndio e garantir a reposição de rendimentos perdidos para prejuízos na área da agricultura.