Obra do Metropolitano da Boavista não está concluída

No dia 23 de Agosto, a empresa Metro do Porto publicou uma nota no seu site sob o título «Obra do Metrobus já está concluída», onde se referia que, naquele momento, decorriam «apenas alguns acabamentos referentes à preparação das estações e a questões ligadas ao paisagístico e à jardinagem» e «até final do mês de Setembro estes últimos detalhes ficam ultrapassados».

Para os eleitos da CDU, aquela nota «procura criar a ilusão do cumprimento de prazos por parte da Metro do Porto», quando, na verdade, «a obra não está concluída, sendo a própria Metro do Porto a desmentir o prazo que tinha previamente anunciado». Recorde-se que na resposta ao que a Metro do Porto deu, em 17 de Junho, ao Grupo de Trabalho AITP, constituído no âmbito da Assembleia Municipal do Porto por proposta da CDU, é referido o dia 23 de Agosto como a data de conclusão da empreitada, mas incluindo na mesma 30 dias para ensaios de todos os sistemas; a conclusão da sinalização horizontal e vertical; a conclusão das estações ao longo do percurso; a conclusão da reposição dos jardins da Avenida Marechal Gomes da Costa.

Agora, sublinha a CDU em nota de 29 de Agosto, a Metro do Porto refere que até final de Setembro «decorrem apenas alguns acabamentos referentes à preparação das estações e a questões ligadas ao paisagístico e à jardinagem, estando a ser instalados os equipamentos indispensáveis ao funcionamento da operação de MetroBus». Ou seja, «um conjunto de operações que, objectivamente, a Metro do Porto, há apenas dois meses, se comprometia a estarem concluídos a 23 de Agosto», esclarece a CDU, que lamenta «mais este incumprimento».

Prazos e soluções irrealistas
Comunistas e ecologistas consideram ainda ser «inadmissível» que continuem indefinidas as datas e as condições em que os transportes públicos vão começar a circular, «sendo certo que, nos próximos seis meses (no mínimo) não circularão os autocarros previstos e que, durante um período ainda maior, os mesmos não serão abastecidos com hidrogénio verde, pelo menos nas condições previstas». Exortam por isso o Governo, designadamente o Ministério das Infra-estruturas que tutela a empresa Metro do Porto, a subscrever, imediatamente, o protocolo que transfere para a STCP a operação do MetroBus – reconhecendo, desse modo, que o MetroBus, apesar do nome, é um transporte rodoviário, pelo que a sua operação compete exclusivamente, na cidade do Porto, à STCP.

Para estes, a decisão tem de ser acompanhada da assunção da responsabilidade pelos custos adicionais que esta transferência, antes da concretização dos pressupostos assumidos pela Metro do Porto (fornecimento do material circulante e do sistema de geração e abastecimento do hidrogénio verde), trará para a STCP.

Condições precárias
A CDU considera, também, que a assunção, por parte da STCP, da operação do MetroBus «nestas condições precárias, não pode prejudicar a cobertura e o nível de serviço da restante rede que, como se sabe, tem registado diversas fragilidades». Por último, alerta

que a existência do canal de circulação do MetroBus na Avenida da Boavista, sem que no mesmo circulem viaturas de transporte público, será um «convite» à sua utilização como zona de estacionamento de viaturas, o que, a acontecer, será inadmissível e descredibilizará ainda mais este projecto – pelo que devem ser tomadas as medidas adequadas para o evitar.

 



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