Mais massacres e outros crimes israelitas contra os palestinianos
As forças israelitas prosseguem a guerra genocida contra o povo da Palestina, em particular na Faixa de Gaza. Continuam os bombardeamentos provocando centenas de mortos e feridos, com notícias nos últimos dias de mais massacres no norte do enclave e de intensos ataques aéreos e operações terrestres israelitas em Rafah e Khan Yunis, no sul.
Prisões israelitas foram transformadas em rede de campos de tortura
Israel eleva para patamares impensáveis o genocídio do povo palestiniano em Gaza - de que o massacre de mais de 100 pessoas no ataque a escola de Gaza é exemplo - e prossegue as provocações, nomeadamente os assassinatos e os ataques a vários países, numa louca espiral que pode conduzir ao alastramento do conflito a toda a região. Massacres e provocações que, independentemente de aparentes contradições e da escandalosa hipocrisia, continuam a contar com a cumplicidade e apoio dos EUA e de outras potências imperialistas.
De facto, segundo a agência Wafa, aviões israelitas lançaram pelo menos três mísseis contra o centro educativo Al Tabaeen, onde, na altura, as pessoas rezavam a sua oração da manhã. A maioria das vítimas são mulheres e crianças.
Trata-se de nova agressão militar, que responsabiliza os EUA pelo seu apoio militar, financeiro e diplomático a Israel. Mais um crime que dá continuidade aos massacres diários cometidos por Israel em Gaza e na Cisjordânia contra o povo palestiniano.
Na última semana, ao longo da Faixa de Gaza, o exército israelita atacou seis escolas com deslocados no seu interior, sempre com o argumento de que ali se escondiam «terroristas» palestinianos. E prosseguiu os bombardeamentos contra dezenas de alvos, sobretudo nas cidades de Rafah e Khan Yunis, no sul.
Mais mortos, feridos e detidos na Cisjordânia
As forças de segurança israelitas continuam a sua campanha de detenções massivas na Cisjordânia ocupada, onde há notícia de mais de 10 mil palestinianos presos desde 7 de Outubro de 2023.
O portal noticioso Al Quds relata diversos casos de novas detenções e estima que os soldados ocupantes mataram na Margem Ocidental, nos últimos 10 meses, 617 palestinianos, incluindo 144 menores.
No mesmo período, foram feridas pelos agressores israelitas, naquele território, mais de 5400 pessoas.
Crianças sofrem na Faixa de Gaza
Dez meses depois do início da bárbara agressão militar israelita contra a Faixa de Gaza, o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) denuncia uma vez mais o sofrimento das crianças palestinianas naquele território.
«O sofrimento é enorme e o impacto é para toda a vida a nível físico e psicológico», escreveu numa rede social Adele Khodr, directora regional da Unicef no Médio Oriente e Norte de África.
Os números são esmagadores e as capacidades muito limitadas, escreveu a responsável ao publicar um pequeno vídeo feito por um funcionário da Unicef a partir do enclave costeiro.
As cenas que estamos a ver são horríveis, as crianças e suas famílias sofrem de diferentes doenças e ferimentos de guerra, afirmou no vídeo Salim Oweis, filmado no hospital Al Aqsa, situado na Faixa de Gaza. Destacou que «os médicos e as enfermeiras mal conseguem aguentar-se perante a esmagadora quantidade de doentes».
Há uns dias, a Unicef alertou para a grave situação humanitária que sofre a população gazense.
As contínuas hostilidades tiveram um impacto extremamente preocupante na população, constituída até 1,9 milhões de pessoas, 90 por cento do total, por deslocados internos, revelou a instituição num comunicado.
A Unicef diz que mais de dois milhões de habitantes enfrentam altos níveis de insegurança alimentar aguda.
A instituição lamentou que no norte de Gaza a situação se mantenha extremamente frágil devido ao nível de destruição e às continuadas hostilidades, o que dificulta a distribuição e alimentos. «Um alto risco de fome persiste em toda a Faixa de Gaza enquanto o conflito persistir», adverte. E adianta que, no território, mais de 550 mil mulheres sofrem de insegurança alimentar severa.
Prisões convertidas em campos de tortura
Uma organização não governamental (ONG) israelita acusou as autoridades penitenciárias de Telavive de reduzir as quantidades de alimentos dos presos palestinianos até ao ponto de provocar a fome.
O Centro de Informação Israelita para os Direitos Humanos nos Territórios Ocupados (B’Tselem) revelou que testemunhos de palestinianos libertados confirmam que mais de uma dezena de instalações prisionais foram convertidas numa rede de campos de tortura. Como parte da campanha, «foram reduzidas as rações de alimentos até ao ponto de provocar inanição», alertou.
A B’Tselem denunciou que o ministro da Segurança Nacional, Itamar Ben Gvir, está à frente da operação. Indicou que ele aproveitou os acontecimentos de 7 de Outubro do ano passado para «implementar o seu plano já existente de pisotear os direitos humanos básicos e a dignidade de todos os prisioneiros palestinianos».
A ONG publicou um relatório de 90 páginas que contém testemunhos de 55 presos palestinianos após a sua libertação. Esses cidadãos confirmaram os maus tratos e vexames a que foram submetidos nos referidos centros de tortura.
Entre os abusos cometidos, o relatório refere agressões sexuais, humilhações, fome deliberada, más condições sanitárias, privação do sono, recusa de permitir a prática de culto religioso dos detidos e falta de atenção médica.
Ao longo dos anos, desde 1948, Israel encarcerou centenas de milhares de palestinianos nas suas masmorras, que sempre foram utilizadas como ferramenta para a opressão e o controlo da população árabe, denuncia o texto.