Uma de­le­gação da CDU – com­posta por Cha­leira Damas, Ana Paula (da Co­missão Con­ce­lhia de Abrantes do PCP) e Valter Ca­bral (dos or­ga­nismos exe­cu­tivos da DORSA do PCP) – vi­sitou, no dia 22 de Julho, a Ri­beira de Rio de Moi­nhos onde de­corre uma obra de três mi­lhões de euros.

A in­ter­venção da Câ­mara Mu­ni­cipal de Abrantes (CMA) está a causar pro­blemas à po­pu­lação, no­me­a­da­mente nos Ca­sais da Pu­caria, da União de Fre­gue­sias de Al­deia do Mato e Soto, onde o leito da ri­beira foi «es­ven­trado» e «afun­dado»; as mar­gens des­truídas e alar­gadas «para cons­truir um canal de di­mensão me­ga­ló­mana, que des­trói a to­ta­li­dade do seu ha­bitat e que de­grada, de­fi­ni­ti­va­mente, a ri­queza am­bi­ental que ali existe».

Esta «acção des­trui­dora» está a es­tender-se para ju­sante, alerta a CDU, con­de­nando a ati­tude do exe­cu­tivo da CMA que avança «para dentro das pro­pri­e­dades sem falar com os pro­pri­e­tá­rios, sem obter a sua au­to­ri­zação ex­pressa, sem ouvir a po­pu­lação, sem jus­ti­ficar o in­te­resse do pro­jecto», que «vai des­fi­gurar e de­gradar as con­di­ções am­bi­en­tais desta ri­beira de água todo o ano».

Para a Ri­beira de Rio de Moi­nhos, a CDU exige o «in­ves­ti­mento ne­ces­sário e es­sen­cial», no­me­a­da­mente em sa­ne­a­mento bá­sico para ligar todas as ha­bi­ta­ções à rede pú­blica do­més­tica a cons­truir; a cons­trução de pon­tões para pes­soas e vi­a­turas; cons­trução de ba­cias de re­tenção tem­po­rária das águas da Ri­beira e dos seus aflu­entes.