Situação no INEM motiva pedido de audição à ministra da Saúde
O PCP requereu a audição no Parlamento da ministra da Saúde, com carácter de urgência, para prestar esclarecimentos sobre os meios de que o INEM dispõe para assegurar meios de socorro às populações.
«A sucessão de acontecimentos que têm vindo a público nos últimos dias constitui motivo de preocupação e exige esclarecimentos do Governo. Revela também a ausência de intervenção do Governo para resolver os problemas com que o INEM se confronta», lê-se no requerimento da do Grupo Parlamentar comunista dirigido à presidnete da comissão parlamentar de Saúde.
Na semana transacta, recorde-se, o Ministério da Saúde nomeou o médico Sérgio Dias Janeiro para a presidência do INEM, depois de o anterior nomeado, Vítor Almeida, ter feito marcha atrás na decisão de aceitar o cargo.
No entender do PCP, «há muito que o INEM não dispõe dos meios adequados para assegurar a emergência pré-hospitalar e o socorro às populações», sendo esta situação o «resultado das opções da política de direita, de sucessivos Governos, de desinvestimento na área da saúde».
Exemplificando, os deputados comunistas constatam que «faltam técnicos de emergência pré-hospitalar, enfermeiros, médicos», defendendo, por isso, que «é preciso reforçar o número de trabalhadores, tal como é necessário reforçar os meios». Quanto aos meios aéreos, acrescentam, «todos os problemas que são do conhecimento público sobre os helicópteros poderiam ter sido evitados se o Estado dispusesse dos seus próprios meios».
No texto refere-se ainda que a «desvalorização das carreiras e dos salários», a par dos «elevados ritmos de trabalho», têm dado origem a «um enorme descontentamento junto dos técnicos de emergência pré-hospitalar», tendo como consequência que «não se tem conseguido fixar técnicos de emergência pré-hospitalar no INEM e muitos têm saído antecipadamente».
Daí a necessidade de «reforçar os meios do INEM» e de «valorizar as carreiras e os salários dos seus trabalhadores», sustenta o PCP, que afirma ainda que o Governo «não se pode demitir das suas responsabilidades», tem de agir e tomar medidas para «garantir as condições de trabalho e de resposta do INEM às necessidades das populações».