Macron ameaça com ainda maior escalada na guerra
No final de uma conferência em Paris, que reuniu países dispostos a apoiar o envio de mais armas para a Ucrânia, o presidente francês declarou que, além do fornecimento a Kiev de mísseis e bombas de diverso porte, não deveria excluir-se a possibilidade de enviar no futuro também tropas.
Em França, dirigentes de diferentes forças políticas convergiram nas censuras a Macron, acusando-o de «escalada verbal belicista», de «acto irresponsável» e de «loucura». O líder do Partido Comunista Francês, Fabien Roussel, defendeu uma paz negociada entre Rússia e Ucrânia e acusou o chefe de Estado de envolver o país e a Europa «numa escalada de guerra terrivelmente perigosa».
Em Moscovo, o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, reafirmou que para a Rússia será «inevitável» um choque directo com as forças da NATO se o bloco militar enviar tropas para a Ucrânia.
De facto, as declarações do Presidente francês, Emannuel Macron, em vez de contribuírem para uma solução do conflito na Ucrânia vêm lançar mais combustível sobre a «fogueira» e são uma real ameaça para a vida dos povos – para quem só a paz pode interessar – e um novo passo perigoso numa maior escalada na guerra.