Defender os madeirenses da ditadura do mercado
«O custo de vida aumenta de forma insustentável para muitas famílias, cujos salários não crescem em correspondência directa com a inflação», afirmou, domingo, na Freguesia do Santo António, Sílvia Vasconcelos, médica veterinária e primeira candidata da CDU pelo círculo eleitoral da Madeira às eleições legislativas de 10 de Março, em campanha na Região.
Como proposta, avançou com a necessidade de o Estado controlar os preços dos bens e serviços básicos, «sem ceder ou justificar o aumento do custo de vida com a “ditadura do mercado”. É o Estado que tem de defender as pessoas da especulação de preços, que é assustadoramente crescente nestes tempos.»
Segundo a candidata, o Estado tem ainda o dever «de regulamentar as Leis do Trabalho a favor de quem trabalha, dignificando-lhes o salário e as condições de trabalho». De outra forma, assegurou, «não é possível que a maioria da população possa dar resposta ao aumento brutal de preços em bens e serviços a que os portugueses têm sido sujeitos nos últimos tempos».
Numa outra acção realizada no sábado na freguesia de Santo António, Sílvia Vasconcelos destacou o tema da habitação, uma «matéria primordial» na campanha da CDU. «Vivemos numa era de crise de habitação da qual ninguém escapa: jovens, idosos, classe média», apontou a candidata à Assembleia da República, informando que no Funchal, em 2024, as rendas «tiveram um aumento de 40 por cento». «É fundamental que se clarifique o dever de solidariedade do Estado para com as regiões autónomas, reforçando o montante na Lei das Finanças Regionais para este sector na Região Autónoma da Madeira», reclamou.
Além de Sílvia Vasconcelos, a lista da CDU é ainda composta por Maria José Afonseca, escriturária, Marco Fernandes, agente imobiliário, António Gouveia, motorista de transportes públicos, Lisandra Rodrigues, técnica auxiliar de saúde, Gonçalo Ramos, estudante, Tânia Gonçalves, assistente operacional, Vítor Barbosa, operário polivalente, Tânia Rodrigues, funcionária de limpeza de aeronaves, Delmiro Ferreira, primeiro capataz de armazém, e Danilo Pereira, motorista de transportes públicos. O professor e escultor Francisco Simões é o mandatário da lista.