Problemas na Saúde resolvem-se com medidas concretas
Paulo Raimundo assegurou, na manhã de dia 8, à porta da Unidade de Saúde Familiar (USF) da Alta de Lisboa, que a resolução dos problemas no sector da saúde passa por dar mais força, votos e deputados ao PCP e à CDU.
CDU com mais força é essencial para desbloquear soluções no SNS
Pelas 7h30, o cenário montado à porta da USF da Alta de Lisboa à chegada de Paulo Raimundo era o mais comum para os utentes daquela região da cidade: dezenas de pessoas, crianças e idosos esperavam, alguns desde as cinco da manhã, sob o frio matinal, numa fila que dobrava quase a esquina do edifício.
O problema agravou-se desde o encerramento do antigo centro de saúde do Lumiar. De acordo com João Camilo, médico, eleito da CDU na freguesia do Lumiar e membro da Comissão Nacional de Saúde do PCP, esta nova unidade de saúde passou a concentrar o serviço prestado nos centros de saúde do Lumiar e de Santa Clara. Cresceu assim o número de utentes para um número profissionais que foi reduzindo: «Neste momento trabalham aqui quatro ou cinco médicos para mais de 30 mil utentes. É impossível dar assistência a esta população com o número de médicos e enfermeiros que estão nesta unidade. É manifestamente insuficiente», expôs.
Sobre a falta de médicos, em particular os de família, testemunhou uma utente: «Ficámos sem médico de família. Somos pessoas com alguma idade e precisamos dos médicos. A nossa médica foi embora no final deste último ano, mas faltam outros profissionais há mais tempo».
Fixar profissionais no SNS é essencial
«É preciso responder aos problemas dos utentes e às necessidades da população. Para isso é preciso fazer uma coisa fundamental: fixar profissionais», afirmou Paulo Raimundo em declarações aos jornalistas. Acompanhado por vários dirigentes e militantes do PCP e da CDU, o Secretário-Geral adiantou algumas das medidas relativas à Saúde que constarão no programa do PCP: a majoração salarial de 50 por cento e 25 por cento na contagem do serviço dos médicos e enfermeiros e a reabertura dos Serviços de Atendimento Permanente. Para o dirigente, estas são medidas que, não resolvendo todos os problemas, «incentivam ao retorno e fixação de profissionais no SNS».
Questionado sobre as posições de outros partidos sobre a matéria, o dirigente respondeu que de pouco valem proclamações, discursos e promessas. «O que precisamos é de caminhos concretos para resolver os problemas das pessoas e estamos convencidos que só com o reforço eleitoral do PCP e da CDU será possível abrir esses caminhos», frisou.