Venezuela acusa Reino Unido de ameaçar a paz e a soberania

O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, ordenou à Força Armada Nacional Bolivariana (FANB) uma «acção defensiva» na costa atlântica do país, em resposta à chegada à Guiana de um navio de guerra do Reino Unido.

«Ordenei o desencadear de uma acção conjunta da FANB na costa atlântica venezuelana, de carácter defensivo, como resposta à provocação e ameaça do Reino Unido contra a paz e a soberania do nosso país», anunciou o chefe do Estado, no dia 28, numa mensagem de fim de ano à FANB.

A 24 de Dezembro soube-se que o navio patrulha HMS Trent, da marinha britânica, iria participar em manobras conjuntas com a Guiana.

Maduro disse que activou os mecanismos acordados na reunião de 14 do mês passado em São Vicente e Granadinas, estabelecendo que a Venezuela e a Guiana «não se ameaçarão directa ou indirectamente, nem utilizarão a força uma contra a outra em nenhuma circunstância», no diferendo sobre o território de Guayana Esequiba. A chegada do navio britânico «é a ruptura do espírito de diálogo, diplomacia e paz dos acordos de Argyle (…), é a ameaça do Reino Unido contra um povo nobre, pacífico, mas guerreiro», considerou.

O dirigente venezuelano conversou com governantes dos países envolvidos na reunião com a Guiana e revelou que todos solicitaram a esse país que impedisse a entrada do navio no país, pedido que foi rejeitado por Georgetown.

Acrescentou que a Guiana confirmou que vai acolher «o barco ameaçador do decadente ex-império britânico» e «nós fomos muito claros, a Venezuela respeitou os acordos de Argyle mas não pode ficar de braços cruzados face a uma ameaça, venha de onde vier».

Caracas defendeu, entretanto, que é preciso regressar de maneira imediata à via do diálogo directo entre as partes.



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