Manifestações populares na Argentina contra medidas do governo liberal

Na Ar­gen­tina, ti­veram lugar na se­mana pas­sada ma­ni­fes­ta­ções de rua e ou­tras ac­ções de pro­testo, or­ga­ni­zadas por sin­di­catos e forças po­lí­ticas, contra as me­didas li­be­rais do pre­si­dente Ja­vier Milei, de ex­trema-di­reita.

Ja­vier Milei apre­sentou no dia 20 um de­creto que re­voga leis, fa­vo­rece a pri­va­ti­zação de em­presas pú­blicas, como a pe­tro­lí­fera YPF, abre o ca­minho à do­la­ri­zação e dá o pon­tapé de saída para li­be­ra­lizar as re­la­ções la­bo­rais e o sis­tema de saúde.

O pre­si­dente falou de 30 das cerca de 300 leis re­fe­ridas no de­creto pu­bli­cado no dia se­guinte. Entre elas, consta a eli­mi­nação das leis que obrigam as em­presas a ga­rantir o abas­te­ci­mento in­terno de ali­mentos e os su­per­mer­cados a si­na­lizar os preços mais baixos de pro­dutos bá­sicos; das normas de pro­moção in­dus­trial em zonas des­fa­vo­re­cidas; da lei dos alu­gueres que re­gula os au­mentos para os in­qui­linos; ou da le­gis­lação que im­pede a pri­va­ti­zação das em­presas pú­blicas. A partir de agora, não ha­verá li­mite para a compra de terras por en­ti­dades es­tran­geiras e são per­mi­tidas sem con­di­ções as tran­sa­ções em dó­lares. São eli­mi­nadas re­gras que vi­savam con­trolar as im­por­ta­ções e ex­por­ta­ções. O sis­tema de saúde será li­be­ra­li­zado. Serão im­postas a des­re­gu­lação das re­la­ções la­bo­rais e o ataque aos di­reitos dos tra­ba­lha­dores. Tais normas po­derão ainda ser re­vo­gadas por de­cisão ju­di­cial ou pelo voto das duas câ­maras do par­la­mento.

O Par­tido Co­mu­nista da Ar­gen­tina, como ou­tras forças po­lí­ticas, ma­ni­festou-se contra tais me­didas, que con­si­derou in­cons­ti­tu­ci­o­nais, e apelou a der­rotar o «de­cre­tazo» com mo­bi­li­zação po­pular. «Não há outro ca­minho a não ser o da or­ga­ni­zação e ar­ti­cu­lação de todas as lutas a travar», pro­clamam os co­mu­nistas ar­gen­tinos. E as­se­guram: «Manter-nos-emos mo­bi­li­zados e par­ti­ci­pa­remos em con­junto com a classe tra­ba­lha­dora e o mo­vi­mento ope­rário em todas as ac­ções vi­sando der­rotar este de­creto in­fame, nas ruas, nos lu­gares de tra­balho, no Con­gresso e no Poder Ju­di­cial».

 



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