Paulo Raimundo apela à eleição de deputados comprometidos com o povo
«Faltam deputados comprometidos com o povo e os seus direitos, porque comprometidos com os grupos económicos já há demais», disse o Secretário-geral do PCP, sábado de manhã, nas Caldas da Rainha.
A CDU é reconhecida pela defesa dos interesses populares
Paulo Raimundo esteve em contacto com populares e comerciantes, primeiro, nas ruas da baixa caldense, e, depois, na praça da fruta, onde se dirigiu a todos os que ali se deslocavam para as habituais compras.
Ao longo do percurso, o dirigente comunista, acompanhado de outros dirigentes nacionais e locais, e de uma comitiva de militantes e amigos que se contavam às dezenas, foi deixando palavras de ânimo àqueles com quem se cruzava, em curtas mas incisivas conversas. E foi igualmente recebendo apoios e reconhecimento pelo papel desempenhado pela CDU e os seus eleitos na defesa dos interesses populares.
De resto, à chegada à praça, enquanto rumava à tribuna montada para o comício-relâmpago, dois trabalhadores fizeram questão de o cumprimentar e manifestar o seu apoio à CDU. Ao Avante!, ambos asseguraram que o seu voto estava decidido no PCP-PEV, «porque não andam metidos em falcatruas» e «dizem o que nos faz falta».
Mais tarde, no final do contacto com vendedores e clientes, durante as declarações finais à comunicação social que acompanhou a iniciativa, O Secretário-Geral do PCP sublinhou, questionado pelo órgão central, que aquelas expressões de apoio estimulam a continuação da luta, mas não só não surpreendem – porque o Partido e os seus aliados eleitorais estão sempre na primeira linha da defesa do que é justo, sendo por isso reconhecidos por quem trabalha –, como confirmam que a confiança com que comunistas, ecologistas e outros democratas sem filiação partidária, que compõem a CDU, partem para as eleições, não é infundada.
Levar a revolta ao voto
Já da tribuna, Paulo Raimundo tinha salientado a confiança da CDU num bom resultado eleitoral, na «eleição de mais deputados». E justificou-a precisamente com o reconhecimento da CDU como a força que denuncia os problemas e apresenta soluções.
Antes, o dirigente comunista desafiou «trabalhadores, utentes dos serviços públicos, micro, pequenos e médios empresários e comerciantes, a não desistirem, e, com a sua luta, exigirem respostas e defenderem direitos».
Aumento dos salários e pensões com carácter urgente, acesso à reforma sem penalização ao fim de 40 anos de descontos, fixação dos profissionais de saúde e, no caso da região em que se encontrava, «construção pública do novo hospital público com gestão pública» e «modernização da Linha do Oeste», foram algumas das reivindicações às quais deu eco.
Outras prendem-se com a resposta ao «drama de milhares de famílias que tudo fazem para manter as suas habitações», dos «comerciantes que tudo fazem para aguentar os seus negócios», dos «dois milhões de pobres no nosso País, entre os quais milhares e milhares de crianças», assinalou, antes de apelar à eleição de «deputados que se coloquem ao serviço do povo, do País, e não da banca, dos grupos económicos».
«Faltam deputados comprometidos com o povo e os seus direitos», insistiu. E focando atenções naqueles que «se sentem traídos, indignados, que «sabem, e a experiência dos últimos dois anos comprova», lembrou que «quando o PS ganha força, a vida de cada um não se resolve e até agrava», e que «quando o PSD, IL, Chega e CDS ganham força, foi o que se viu com a troika». Apelo, por fim, a que todos transformem «a indignação e o protesto» em confiança na CDU, que «contribui, sejam quais forem as circunstâncias, para tudo o que é positivo», como para «ser a primeira muralha de combate a tudo o que for negativo, venha donde vier, seja lá quem for a propor».