Governo dá empurrão final aos médicos para saírem do SNS
«Depois de 19 meses e de 36 reuniões negociais, o Ministério da Saúde (MS) e o Governo falharam aos médicos, aos utentes e ao País», acusa a Federação Nacional dos Médicos (FNAM), após a última reunião com a tutela, anteontem realizada, de onde saiu um «mau acordo» com o SIM que «não vai ser capaz de fixar médicos no Serviço Nacional de Saúde (SNS)», antes «agravar ainda mais o momento dramático com o encerramento, total ou parcial, de quase 40 serviços de urgência (SU) de Norte a Sul do País, por falta de médicos».
Segundo a FNAM, a proposta apresentada pelo Governo «manteve a intransigência de uma actualização salarial que é discricionária consoante o regime de trabalho, variando entre os 10,9 por cento e os 14,6 por cento, e ficando longe de compensar a perda do poder de compra da última década».
Por isto, a Federação mantém o apelo a todos os médicos que cumpram escrupulosamente com a Lei e assegura que vai continuar a apoiar todos os médicos que entreguem as declarações de indisponibilidade para não fazer mais trabalho suplementar para além do limite legal das 150 horas por ano, bem como os que queiram recusar a Dedicação Plena.