PCP e PEV confiam em reforço eleitoral
Confiança na real possibilidade da CDU crescer do ponto de vista eleitoral e, assim, reforçar a sua presença institucional – esta foi uma das conclusões do encontro realizado anteontem entre o PCP e o PEV.
A confiança no retorno da acção diária
No final da reunião, ocorrida na sede do Partido Ecologista «Os Verdes», Paulo Raimundo, Secretário-Geral do PCP, confirmou que ambos os partidos vão concorrer coligados nas legislativas antecipadas, agendadas para o próximo dia 10 de Março. Sublinhou, ainda, a grande convergência de opiniões quanto à actual situação social e económica, quanto às suas causas, responsáveis e soluções.
O dirigente comunista considerou, também, que a confiança no crescimento eleitoral e, assim, no reforço da presença institucional da CDU, alicerça-se no retorno da acção diária que estão a desenvolver, bem como nas reivindicações de respostas para os problemas por parte de largos sectores sociais.
Promessas vãs
«O País não precisa de promessas, não precisa de proclamações, não precisa de ilusões nem de demagogia e muito menos de gritaria. O que o País precisa é de soluções e de medidas concretas».
«Exemplo muito vivo e até recente disso mesmo», continuou Paulo Raimundo, são as «promessas daqueles que são os recordistas no corte das pensões, neste caso o PSD, mas também de alguns que na altura estavam no PSD e agora estão noutros partidos» e são, por isso, igualmente «responsáveis por esses cortes».
O País também dispensa «proclamações daqueles que, na prática e por opções próprias, mantiveram o corte no poder de compra dos reformados e pensionistas», prosseguiu o Secretário-Geral do Partido, referindo-se à maioria PS. «Os reformados e pensionistas precisam é de um aumento imediato das pensões e das reformas que reponha o poder de compra que foi roubado», acrescentou, antes de insistir na proposta comunista de crescimento daquelas prestações em 7,5% para todos, com o mínimo 70€.
Voltar à AR
Da parte do PEV, Heloísa Apolónia, da Comissão Executiva do Partido, reafirmou a confiança de que «Os Verdes» vão regressar à Assembleia da República, perspectiva que, todavia, tem de ser materializada no «fundamental reforço da CDU».
Citada pela Lusa, a dirigente ecologista notou a «falta dessa voz ecologista no parlamento», das «propostas e agenda que o PEV marcava», mas lembrou que «Os Verdes» têm mantido a sua actividade junto das populações.