Na quarta-feira, junto da AR exige-se outro rumo
A CGTP-IN convocou para dia 29, às 11 horas, uma concentração junto da Assembleia da República, onde nesse momento estará a decorrer a votação final do Orçamento do Estado para 2024. A luta prosseguirá.
O aumento geral e significativo dos salários é uma emergência nacional
Durante o dia de ontem, 22, reuniu-se o Conselho Nacional da CGTP-IN, para analisar a situação político-sindical e as acções em desenvolvimento, com destaque para a concentração de 29 de Novembro. As conclusões iriam ser apresentadas já depois da hora de fecho da nossa edição.
A fundamentação da decisão de marcar com esta acção o dia da votação final global da proposta de OE2024 foi dada na grande manifestação nacional de dia 11. Na Resolução, então aprovada em Lisboa e no Porto, expressou-se o objectivo de «dar continuidade à luta convergente», para afirmar «a necessidade de resposta imediata às justas e urgentes reivindicações dos trabalhadores».
Para a CGTP-IN, é preciso denunciar «a ausência de medidas que respondam aos graves problemas do País» e deixar claro que «a solução dos problemas, a defesa dos direitos e a melhoria das condições de vida não podem ficar à espera».
Estas ideias foram retomadas no manifesto, editado pela confederação e em distribuição, nestes dias de mobilização para a concentração. No documento, assinala-se que «os trabalhadores enfrentam graves dificuldades, no seu dia-a-dia, e as desigualdades acentuam-se, em consequência da ausência de resposta aos graves problemas estruturais do País».
Hoje «é enorme o fosso entre a larga maioria, que luta diariamente para pagar as contas, a renda ou prestação ao banco e pôr comida na mesa, e uns poucos, que lucram cada vez mais com o aumento da exploração, do custo de vida e com as dificuldades impostas a quem trabalha e trabalhou».
Ora, afirma a Intersindical Nacional, «a anunciada convocação de eleições antecipadas para dia 10 de Março de 2024 não resolve nenhum dos problemas dos trabalhadores e do povo» e «a aprovação de um mau Orçamento do Estado também não».
Aos trabalhadores coloca-se, nestas circunstâncias, «a necessidade de intensificar a acção e intervenção em torno das suas justas reivindicações, no que diz respeito, nomeadamente, aos salários, às pensões, à saúde, à educação e à habitação».
A central reitera a reivindicação de aumento geral e significativo dos salários, para todos os trabalhadores, em 15 por cento e num valor não inferior a 150 euros. Trata-se de«uma emergência nacional e um elemento fundamental para melhorar de imediato as condições de vida dos trabalhadores e garantir o futuro do País».
Mudar com a luta
«Estão à vista de todos» as consequências de uma opção política que favorece os interesses dos grandes grupos económicos, tomada pelo PS, com o apoio do PSD, CDS, CH e IL. Os lucros do capitalaumentam, «enquanto os trabalhadores passam por dificuldades e se degradam os serviços públicos e as funções sociais do Estado, com particular destaque para a grave situação em que se encontra o Serviço Nacional de Saúde».
«A luta é o caminho», para resolver «os problemas dos trabalhadores, dos reformados e pensionistas, dos jovens, das famílias» e para ter «uma política alternativa», qu rompa com tal caminho.
«É urgente, necessário e possível», frisa a Inter, pois «a riqueza criada pelos trabalhadores permite que todos os que cá vivem e trabalham o possam fazer com dignidade».