Mulheres e homens da Cultura pela paz no Médio Oriente

Um apelo di­ri­gido a mu­lheres e ho­mens da Cul­tura, pro­mo­vido pelo Mo­vi­mento pelos Di­reitos do Povo Pa­les­tino e pela Paz no Médio Ori­ente, exige o fim ime­diato da agressão contra a po­pu­lação da Faixa de Gaza.

«No Médio Ori­ente, e no mundo in­teiro, todas as vidas contam»

Este apelo – ini­ciado no âm­bito da con­vo­cação da grande ma­ni­fes­tação «Paz no Médio Ori­ente, Pa­les­tina In­de­pen­dente – Não à Guerra! Não ao mas­sacre!», pro­mo­vida pelo MPPM, CGTP-IN e CPPC e apoiada por de­zenas de or­ga­ni­za­ções, que se re­a­lizou no pas­sado dia 29 de Ou­tubro, em Lisboa, com a par­ti­ci­pação de mi­lhares de pes­soas – con­tinua aberto a ade­sões.

Para os subs­cri­tores, «é crime de guerra» ex­tin­guir «fa­mí­lias so­ter­radas em bom­bar­de­a­mentos mas­sivos que ar­rasam bairros in­teiros», cortar «água, elec­tri­ci­dade, co­mida e me­di­ca­mentos», bom­bar­dear «cen­tros de abrigo das Na­ções Unidas, hos­pi­tais, es­colas, co­lunas de re­fu­gi­ados, equipas mé­dicas, jor­na­listas, igrejas e mes­quitas», o «cas­tigo im­posto co­lec­ti­va­mente a um povo» e «vetar re­so­lu­ções da ONU, pe­dindo um cessar-fogo hu­ma­ni­tário».

En­tre­tanto, «o pe­rigo de que o mas­sacre a que as­sis­timos na Pa­les­tina alastre a todo o Médio Ori­ente é grande e pre­mente». «Pelo bem da hu­ma­ni­dade, é pre­ciso parar, sem de­mora, a cor­rida para o abismo», apelam os subs­cri­tores, que acusam a co­mu­ni­dade in­ter­na­ci­onal de ser «res­pon­sável por uma in­jus­tiça cruel im­posta ao povo pa­les­ti­niano».

 

So­li­da­ri­e­dade em todo o País

Sob o lema «Fim ao ge­no­cídio. Pa­les­tina livre, já!», no sá­bado, 18, mi­lhares de pes­soas ma­ni­fes­taram-se em Lisboa, entre a Praça do Mu­ni­cípio e a As­sem­bleia da Re­pú­blica, Na acção, Bruno Dias, de­pu­tado co­mu­nista na As­sem­bleia da Re­pú­blica e membro do Grupo Par­la­mentar de Ami­zade Por­tugal Pa­les­tina, pediu que Por­tugal re­co­nheça o di­reito da Pa­les­tina a ter um Es­tado in­de­pen­dente e lem­brou que o PCP tem vindo a «pro­curar dar voz, força» e so­li­da­ri­e­dade ao povo pa­les­ti­niano.

Ini­ci­a­tivas se­me­lhantes acon­te­ceram, por exemplo, em Al­mada, Baixa da Ba­nheira, Mon­tijo, Se­túbal (15 de No­vembro), Beja, Coimbra, (16 de No­vembro), Co­vilhã e Gui­ma­rães (17).

Se­mana de so­li­da­ri­e­dade
De 26 de No­vembro a 5 de De­zembro, re­a­liza-se uma se­mana na­ci­onal de so­li­da­ri­e­dade com o povo da pa­les­tina, pro­mo­vida pela CGTP-IN, CPPC, MPPM e Pro­jecto Ruído – As­so­ci­ação Ju­venil. No apelo à par­ti­ci­pação – subs­crito por or­ga­ni­za­ções como a As­so­ci­ação de Ami­zade Por­tugal-Cuba, a As­so­ci­ação In­ter­venção De­mo­crá­tica, a JCP, a Co­o­pe­ra­tiva Li­vreira de Es­tu­dantes do Porto e a União de Re­sis­tentes An­ti­fas­cistas Por­tu­gueses – afirma-se ser «pre­ciso calar as armas e tri­lhar os ca­mi­nhos da so­lução po­lí­tica para a questão pa­les­ti­niana e para a paz no Médio Ori­ente, o que passa pelo fim da ocu­pação, dos co­lo­natos, da opressão is­ra­e­lita» e «pela ga­rantia dos di­reitos na­ci­o­nais do povo pa­les­ti­niano, como de­ter­mina o di­reito in­ter­na­ci­onal, in­cluindo em inú­meras re­so­lu­ções da ONU». De­nuncia-se também a «pro­funda hi­po­crisia» dos EUA, da União Eu­ro­peia e de vá­rios go­vernos de países eu­ro­peus, «que apoiam a po­lí­tica de ins­rael e dão co­ber­tura aos seus crimes de guerra».

Entre ou­tras ini­ci­a­tivas, terão lugar con­cen­tra­ções no Porto, a 26 de No­vembro, na Praça da Pa­les­tina, e em Lisboa, a 29 de No­vembro, Dia In­ter­na­ci­onal de So­li­da­ri­e­dade com a Pa­les­tina, no Martim Moniz. Coimbra acolhe ini­ci­a­tivas no dia 28 de No­vembro (16h30, na Praça da Re­pú­blica) e no dia 5 de De­zembro (nas Can­tinas Azuis dos SASUC). Em Évora, dia 28, está mar­cada uma con­cen­tração no Largo Ca­mões, às 19h00.

De­bate
No sá­bado, 25, o CPPC pro­move um de­bate aberto ao pú­blico, no Au­di­tório da CGTP-IN (rua Vítor Cordon, n.º 1, Lisboa), às 14h30, sobre a si­tu­ação in­ter­na­ci­onal e o re­forço do mo­vi­mento da paz, com Rui Pe­reira, pro­fessor uni­ver­si­tário, José Goulão, jor­na­lista, e Ilda Fi­guei­redo, pre­si­dente da Di­recção Na­ci­onal do CPPC. Na parte da manhã, às 10h00, re­a­liza-se a As­sem­bleia da Paz, com ac­ções para os ór­gãos so­ciais do CPPC.



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