Reunião urgente com António Costa
Por proposta dos vereadores da CDU, a Câmara Municipal de Loures aprovou, dia 18 de Outubro, uma moção a exigir uma reunião urgente com o primeiro-ministro, António Costa, sobre o estado dos serviços de saúde no concelho.
«Assistimos diariamente à degradação dos serviços de saúde»
No passado dia 2 de Agosto, a CDU tinha apresentado uma proposta semelhante, que foi rejeitada com os votos da maioria PS/PSD.
A reunião com o governante – agora aprovada por maioria, com a abstenção do Chega –deverá contar com a presença de todos os partidos políticos com assento naquele órgão, de modo a poder expressar de viva voz as suas preocupações e exigir que haja uma solução para os serviços de saúde no concelho de Loures.
«É com grande angústia e revolta que assistimos diariamente à degradação dos serviços de saúde no nosso concelho», começa o texto da moção apresentada pela CDU, referindo-se às «instalações degradadas e completamente inadequadas», à «sempre crescente falta de profissionais, desde médicos e enfermeiros a auxiliares, administrativos e operacionais» e ao «encerramento de serviços de cuidados primários» e «hospitalares».
Simultaneamente, «continua a crescer o número de pessoas sem médico de família que passam a noite à porta dos centros de saúde para obterem uma consulta», como acontece em Loures, Unhos e Moscavide, e a «diminuir o número de médicos de família e outros profissionais que saem por aposentação ou para procurarem melhores condições de trabalho».
Ainda segundo a moção, subscrita pelos vereadores Paulo Piteira, Tiago Matias, Fernanda Santos e Olávio Silva, está também a aumentar «a procura das urgências hospitalares por pessoas que, não tendo médico de família nem consulta de recurso, aí se deslocam de modo a poderem ter uma resposta aos seus problemas de saúde, podendo representar até cerca de 40 por cento dos que aí se deslocam com situações menos urgentes de saúde» e a «demorar meses e por vezes anos para uma consulta de especialidade ou uma cirurgia, mais uma vez devido à falta de profissionais».