Argentina: candidato da UP à frente na primeira volta da eleição presidencial

Na Argentina, o candidato apresentado pela aliança União pela Pátria (UP), Sergio Massa, foi o mais votado na eleição presidencial de domingo, 22. Passa à segunda volta, marcada para 19 de Novembro, e vai defrontar Javier Milei, de extrema-direita e apoiado pelo partido A Liberdade Avança (LLA). Na candidatura de Massa convergem organizações peronistas, progressistas e de esquerda.

Contrariando a generalidade das sondagens, Sergio Massa, actual ministro da Economia no governo do presidente Alberto Fernández, ganhou a primeira volta, conquistando 36,68 por cento dos votos. Milei, que era apontado pelas sondagens como favorito, obteve 29,98 por cento. A grande derrotada eleitoral foi Patricia Bullrich, de direita, representante do partido Juntos pela Mudança (JxC), que ficou em terceiro lugar, com 23,7 por cento.

Votaram nestas eleições gerais – presidenciais, legislativas (parciais), regionais e locais – 77 por cento dos mais de 35 milhões de eleitores inscritos. Quanto a legisladores, apenas estavam em disputa metade da Câmara de Deputados (130 assentos) e um terço do Senado (24 lugares).

De acordo com os resultados, a UP continuará a ser a primeira força no Congresso, formado pela Câmara de Deputados e pelo Senado. A partir de 10 de Dezembro – quando os novos eleitos tomarem posse –, a UP ficará com 107 deputados e 35 senadores, a JxC com 94 deputados e 24 senadores e a LLA com 38 deputados e oito senadores.

O Partido Comunista da Argentina (PCA) aquando da realização das «primárias» presidenciais, a 13 de Agosto, sublinhava que Javier Milei protagoniza uma séria ameaça neofascista e ultraliberal alinhada com os EUA e Israel. Relativamente à candidatura de Sergio Massa, considerou que, apesar de representar a continuidade do acordo com o FMI, é a única que pode permitir um cenário em que não avancem os projectos mais reaccionários.

Os objectivos então apontados pelo PCA foram o de impedir que os candidatos que protagonizam projectos neoliberais, neocoloniais e neofascistas cheguem à Presidência e, com tal objectivo conseguido, dispor de melhores condições para, a partir da mobilização popular, consolidar conquistas históricas alcançadas pela luta, enfrentar as imposições do FMI e construir uma verdadeira alternativa política, que defenda a soberania e os interesses populares e que esteja disposta a avançar na libertação nacional e social.




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