Para o PCP aumento geral dos salários é mesmo emergência nacional
O PCP defende o aumento geral dos salários em 15%, num mínimo de 150 euros, e a fixação do salário mínimo nacional em 910 euros em Janeiro e 1000 euros ao longo de 2024. Nesse sentido desenvolve a acção «Basta de conversa – mais salários e pensões».
Salários mais altos garantem uma vida mais digna e reformas mais elevadas
A acção que se prolonga pelos próximos dias, dá expressão às propostas do PCP que, no que respeita ao salário mínimo, estão formalizadas em diploma que estará em debate amanhã, 13, na Assembleia da República.
A proposta apresentada pelo PCP encontra justificação no brutal aumento do custo de vida, na necessidade de distribuir mais justamente a riqueza produzida e de valorizar os salários para fixar jovens no País. Insere-se ainda na exigência do aumento geral dos salários como uma emergência nacional e na garantia de que salários mais altos salvaguardam uma vida mais digna e de reformas mais elevadas.
Esta acção inclui distribuições de documentos, contactos com trabalhadores em empresas e locais de trabalho e sessões públicas com a participação de dirigentes e eleitos comunistas.
«Acordo» não serve
No dia 7, através de uma nota de imprensa, o Partido também reagiu ao acordo chamado de «Reforço do Acordo de Médio Prazo de Melhoria dos Rendimentos dos Salários e da Competitividade, recentemente celebrado entre confederações patronais, a UGT e o Governo na Concertação Social. «Tal como já se tinha verificado no ano passado, [o acordo] não responde à emergência do aumento geral dos salários, nem à valorização das carreiras e profissões que se impõem para a melhoria das condições de vida dos trabalhadores e para o desenvolvimento e futuro do País», pode-se ler na nota.
Para o PCP, as anunciadas referências de cinco por cento para os aumentos salariais nominais e de 820 euros para o SMN em 2024 são «profundamente insuficientes e não alteram a situação dos baixos salários que coloca uma parte significativa dos trabalhadores em risco de pobreza e compromete o desenvolvimento e o futuro do País». Ademais, este anúncio chega numa situação em que, por um lado, se verifica um brutal aumento do custo de vida, com particular incidência nos produtos alimentares e na habitação, e, por outro lado, os grandes grupos económicos continuam a acumular lucros colossais.
O mesmo se aplica ao insuficiente aumento das pensões e reformas.
«Numa atitude do Governo ao serviço dos interesses do grande capital, o acordo agora anunciado abre para linhas de ataque à Segurança social e aos direitos que esta consagra, estabelece novos benefícios fiscais, mais injustiça fiscal, maior acumulação de lucros e mais desigualdades sociais», lê-se ainda.
Acções programadas
Castelo Branco
12 de Outubro
Benoli Confecções e Fitecom, em Tortosendo; Grasil, em Belmonte.
13 de Outubro
Confecções Lança, Serra Shopping e Paulo de Oliveira SA, na Covilhã; Fórum, Higiene e Resíduos, Hospital de Castelo Branco e Centauro Internacional, em Castelo Branco; Biotec, em Vila Velha de Rodão; Frulact, em Tortosendo.
Braga
12 de Outubro
Águas Fastio, em Terras de Bouro; Rio Pele, em Vila Nova de Famalicão; Lameirinho, em Guimarães; AJ Gonçalves, em Braga; Direne e Malhas Óscar, em Fafe; Luso Ibérica, Fontoli e Mundo Têxtil, em Vizela.
Coimbra
12 de Outubro
Hospital Pediátrico de Coimbra, Sodicentro/Mercedes e Volvo, em Coimbra.
13 de Outubro
Segurança Social, em Coimbra.
16 de Outubro
Águas de Coimbra e Sylan, em Coimbra.
17 de Outubro
Edifício da CM e SMTUC, em Coimbra.
Porto
12 de Outubro
Oficinas da CM no Carvalhido, EMAP, Concentrix e estação intermodal da Casa da Música, no Porto; Águas de Gaia, AMCOR e DatShaub, em Gaia; Sociedade Portuense de Drogas e população na feira, Gondomar; Confecções Jerisa, em Rio Tinto; contacto com população de Amarante; feira de Pedras Rubras, Ficocables, na Maia; zona industrial e estação da CP de Ermesinde; oficinas da CM de Valongo; Rosilar e população de Marco de Canaveses; Ramirez e Metro das Sete Bicas, em Matosinhos.
13 de Outubro
Suma e RTE, em Gaia; população na Praça Machado dos Santos e Hutshinson, em Valongo; população do Carvalhido e tribuna em frente ao Centro de Contacto da NOS (18h00, Campanhã, com Jaime Toga), no Porto; Confetil e Metro do Fórum, na Maia; população no Largo do Padrão com intervenção política (18h00, Paulo Tavares), em Matosinhos.
Viana do Castelo
12 de Outubro
BorgWarner, em Viana do Castelo.
13 de Outubro
Mephisto, em Viana do Castelo.
Lisboa
12 de Outubro
Pingo Doce de Telheiras e Continente e Worten no Centro Comercial (CC) Vasco da Gama, em Lisboa.
13 de Outubro
Hovione, em Loures; Pingo Doce da Bela Vista, CateringPor e Continente e Worten no CC Colombo, em Lisboa; Cerealto, em Sintra.
14 de Outubro
CC Colombo, em Lisboa; Cascais Shopping, em Cascais;
15 de Outubro
CC Vasco da Gama, em Lisboa.
Beja
13 de Outubro
Somincor, em Castro Verde.
Bragança
13 de Outubro
Oficinas da CM Mirandela, em Mirandela
Vila Real
13 de Outubro
Continental Advanced Antenna, em Vila Real.
Portalegre
13 de Outubro
Dardico, em Avis; Mercado Municipal e estaleiros municipais, em Castelo de Vide.
Évora
13 de Outubro
Tyco e CC de Évora.
Santarém
13 de Outubro
João de Deus, em Benavente; Wshopping, em Santarém; Continente, em Salvaterra de Magos.
Aveiro
13 de Outubro
Nestlé, em Estarreja; Bosh, em Aveiro.
Setúbal
13 de Outubro
Petrogal, em Sines; Hospital do Litoral Alentejano, em Santiago do Cacém; Autoeuropa, em Palmela.
Faro
13 de Outubro
Oficinas municipais, Segurança Social e transportes Próximo, em Faro; parque de máquinas da CM e trabalhadores da CM, em Silves; EMARP, em Portimão; CME e Visabeira, em Loulé; Shopping Guia, em Albufeira; CM de Lagos.
14 de Outubro
Mercado Municipal, em Albufeira; Mercado de Vila Real de Santo António; Mercado da Reforma Agrária, em Lagos.
Leiria
13 de Outubro
Quinta Freiria, no Bombarral; Santos Barosa, na Marinha Grande; Atlantis, em Alcobaça; da Valbopan, na Nazaré; da Promol, nas Caldas da Rainha; do Porto de Pesca de Peniche; da Portrisa, em Leiria.
Viseu
13 de Outubro
Goucam, em Viseu.