Venezuela não se curva perante o imperialismo

As autoridades venezuelanas acusam os EUA de procurarem utilizar a exploração petrolífera na região de Esequibo, disputada há mais de um século entre a Venezuela e a Guiana, para ameaçarem a paz e a soberania do país.

Caracas denuncia «intromissão insolente» dos EUA no país

«Nunca nos ajoelharemos ao imperialismo norte-americano nem a nenhum império no mundo. Não o fizemos nem nunca o faremos.» A garantia é dada pelo Partido Socialista Unificado da Venezuela (PSUV), para quem a soberania do país está ameaçada depois da Guiana negociar com transnacionais norte-americanas o avanço da exploração petrolífera no território de Esequibo, que está a ser disputado pelos dois Estados vizinhos.

Em périplo pelo país para promover a criação das Unidades Populares para a Paz, dirigentes do PSUV salientam que grandes empresas petrolíferas «nomearam» o presidente do país vizinho, que está a tomar decisões que «afectam a soberania» venezuelana.

Já na passada semana, o presidente Nicolás Maduro apelou aos venezuelanos a organizar-se para defender a paz. Anunciou a organização das Unidades Populares para a Paz (Upaz), que serão formadas nos mais de 46 mil sectores de todo o país.

Na mesma ocasião, Caracas alertou para a ingerência dos EUA na Guiana e para a forma como o Comando Sul das forças armadas norte-americanas utiliza esse país para orquestrar agressões contra a nação bolivariana.

A região de Esequibo, com cerca de 160 mil quilómetros quadrados, dispõe de grandes reservas de petróleo, razão pela qual despertou – nas palavras de Maduro – uma «intromissão insolente dos EUA» no território em disputa há mais de um século, mediante a intervenção directa de empresas norte-americanas como a ExxonMobil e com o apoio militar do Comando Sul.

Com tal ingerência, os EUA, por um lado, vêem a possibilidade de apoderar-se do petróleo nessa área, através das transnacionais petrolíferas, e, por outro, procuram utilizar a Guiana como «instrumento para a desestabilização» da Venezuela, visando provocar uma mudança de regime no país bolivariano.



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