China condena entrega de armamento dos EUA a Taiwan

A roda histórica da reunificação da China continua a girar e nenhum país ou força pode travá-la, avisou Pequim, perante o anúncio da Casa Branca de um pacote de assistência militar dos EUA a Taiwan de mais 345 milhões de dólares.

Washington provoca Pequim e anuncia 345 milhões de dólares de assistência militar a Taipé

Pequim denunciou a interferência dos Estados Unidos da América (EUA) nos assuntos internos da China e condenou o plano de assistência militar a Taipé anunciado por Washington.

O porta-voz do ministério da Defesa chinês, Tan Kefei, enfatizou, no dia 1, que tais actos prejudicam gravemente a segurança do país asiático e representam uma grave ameaça para a paz e a estabilidade na zona do Estreito de Taiwan. «Opomo-nos firmemente a esta medida e transmitimos aos EUA de forma solene essa oposição», destacou.

A questão de Taiwan diz respeito aos interesses fundamentais da China e constitui uma linha vermelha que não deve ser cruzada no plano das relações bilaterais, alertou. «Algumas forças nos EUA, devido à sua visão hegemónica e à mentalidade de Guerra Fria, continuam a participar em actos prejudiciais como a venda de armas, a assistência militar e ao treino conjunto», denunciou.

Segundo o porta-voz militar chinês, estas acções instigam os separatistas, exacerbam a confrontação e a tensão através do Estreito.

Tan Fei instou novamente os EUA a parar com todas as formas de militarizar a ilha e acentuou que «a roda histórica da reunificação continua a girar e nenhum país ou força pode travá-la».

A Casa Branca anunciou recentemente que os EUA vão proporcionar a Taiwan mais assistência militar, no valor de 345 milhões de dólares.

Nos últimos tempos, responsáveis de alto nível da administração Biden visitaram a China no que foi entendido como uma tentativa de melhorar as deterioradas relações bilaterais EUA-China. No entanto, temas como a instrumentalização de Taiwan pelos EUA e a guerra económica que os EUA promovem contra a China provocaram uma situação em que os laços diplomáticos entre as duas principais economias do mundo se deterioram.

Um factor fundamental para a melhoria das relações, insistem as autoridades chinesas, é o respeito pelo princípio de «uma só China», o qual estabelece que Taiwan faz parte do território nacional da China, que tem o seu governo central em Pequim.

 

PIB chinês cresceu 5,5%
no primeiro semestre

Responsáveis da China prevêem um crescimento «estável e positivo» da economia do país no segundo semestre deste ano, depois dos resultados alcançados nos primeiros seis meses de 2023.

De acordo com a Comissão Nacional de Desenvolvimento e Reforma, vários indicadores mostraram números alentadores em Julho passado.

O órgão planificador máximo chinês considerou que as macropolíticas aplicadas pelo governo promoverão melhorias económicas. E assinalou que outras medidas estão a ser postas em prática para oferecer um forte apoio à recuperação. As autoridades procuram aumentar o investimento, apoiar o desenvolvimento da economia real, promover ainda mais a reforma e a abertura do país, assim como melhorar o bem-estar público.

O Gabinete Nacional de Estatísticas anunciou há dias que o Produto Interno Bruto cresceu 5,5 por cento no primeiro semestre, em relação a um ano atrás, graças a um consumo interno cada vez mais fortalecido depois da pandemia de Covid-19.

Este indicador coloca o gigante asiático entre as economias de mais rápido crescimento em todo o mundo e marca um bom momento para o desenvolvimento do país. A China procurará diminuir ainda mais a distância entre a oferta e a procura com a aplicação de políticas de apoio financeiro e investimento dirigidas, principalmente, à produção e à infra-estrutura.




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