Níger garante que se defenderá de qualquer agressão estrangeira

As novas autoridades nigerinas, que, entretanto, ordenaram o encerramento do espaço aéreo, denunciaram que está em preparação uma intervenção no Níger a partir de «um país vizinho», afirmando que o Níger se defenderá de uma qualquer agressão estrangeira.

Desde 26 de Julho, sobretudo na capital, Niamey, milhares de pessoas têm saído às ruas manifestando apoio à junta militar, que é dirigida pelo ex-comandante da guarda presidencial, general Abdourahmane Tchiani.

Os protestos populares são dirigidos contra a França, exigindo a retirada das suas tropas estacionadas no Níger e a nacionalização das minas de urânio exploradas por empresas francesas. Tal como antes aconteceu no Mali, os militares franceses são acusados de nada fazer para combater os grupos terroristas no Sahel.

França e Estados Unidos da América, que têm bases militares em Niamey e em Agadez, e seus aliados, como a Alemanha ou a Nigéria, suspenderam toda a cooperação económica com o Níger.

Governantes dos países membros da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) reúnem-se hoje, 10, em Abuja, para discutir a actual situação política no Níger.

O presidente do organismo, Bola Hamed Tinubu, Presidente da Nigéria, informou que o fórum avaliará os acontecimentos em Niamey.

A nova cimeira da CEDEAO, que integra 15 países, foi convocada depois de, no domingo, 6, ter terminado o prazo de uma semana dado aos militares golpistas nigerinos para que libertassem o presidente derrubado, Mohamed Bazoum, um fiel aliado de Paris.

Após o golpe de Estado de 26 de Julho, a CEDEAO ameaçou levar a cabo uma intervenção militar no Níger.

Neste clima de tensão, Mali, Burkina Faso e Guiné, declararam que considerariam qualquer intervenção no Níger uma declaração de guerra contra os seus países. O Chade, governado também por militares, bem como a Argélia, que faz fronteira com o Níger, não são membros da CEDEAO mas opõem-se a qualquer acção militar contra Niamey.




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