Como se já não bastassem os mais recentes encerramentos e perda de valências de serviços públicos, «o PS permite agora a extinção da repartição de finanças de Vila Franca de Xira, passando a mesma a ser uma extensão da repartição de Alverca do Ribatejo», acusa o PCP, que alerta que a decisão pode ser «o princípio do fim» daquele serviço da Administração Central na freguesia.

Em comunicado, datado de 24 de Julho, o executivo da Comissão Concelhia de Vila Franca de Xira do PCP recorda que, «há cerca de um mês», o Partido denunciava que «décadas do PS à frente dos destinos do município têm conduzido à descaracterização e definhamento do concelho, em especial, da freguesia de Vila Franca de Xira».

Desertificação

«Nos serviços de saúde, além da deslocalização do Hospital para fora da cidade, quando havia zonas mais próximas e acessíveis como os terrenos da Marinha», soma-se o elevado número de utentes sem médico de família, o encerramento do Serviço de Atendimento Permanente, «fazendo com que um habitante da cidade (...) tenha que se deslocar ou à Póvoa de Santa Iria ou a Benavente».

«Nos serviços municipais, o PS continua a apostar numa política de dispersão pela cidade, muitos deles em espaços altamente degradados e sem condições de trabalho adequadas, ao mesmo tempo que adia a aquisição do Vila Franca Centro e a oportunidade única de aí centralizar os serviços com as condições necessárias». Mas, como se isso não bastasse, salientam os comunistas, «o PS, na Câmara, decidiu realizar um investimento brutal no espaço do Auchan em Alverca do Ribatejo», financiando «com uma renda megalómana a instalação de uma loja do cidadão», medida que garante «rendas aos privados» mas deixa as populações mais longe dos serviços.

Já quanto ao acesso à Justiça, o Executivo da Comissão Concelhia de Vila Franca de Xira do PCP denuncia que «o PS permitiu a deslocalização do Tribunal de Comércio para Loures», e nos «serviços de defesa, permitiu o encerramento da Escola da Marinha, com o que isso significou de rombo na vida da cidade» e sem sequer ter reclamado «um plano de reabilitação do espaço» que comprou por oito milhões de euros.

Finalmente, «nos serviços de segurança pública, o PS permitiu a saída da GNR da cidade e viabilizou que o Comando e respectivos serviços da PSP fossem deslocados para Alverca do Ribatejo e para a Póvoa de Santa Iria», ao passo que nos transportes «permitiu a redução do número de carreiras rodoviárias e ferroviárias, em especial ao início da manhã e ao fim do dia e fins-de-semana e feriados, tendo igualmente consentido o fim das ligações directas a Alcântara-Terra aos fins-de-semana».

Há alternativa

«Esta política de esvaziamento da freguesia tem de ser travada e invertida desde já», sendo, para tal, «imperativo que a população do concelho conheça as desastrosas opções do PS (…) e lute», afirma, também, o PCP, para quem «fica ainda demonstrada, se dúvidas houvessem, que ter uma Câmara e uma Junta PS» somadas a uma maioria absoluta do PS na Assembleia da República, não garante que as necessidades da população sejam atendidas». Pelo contrário, «facilita as opções da política de direita que lesam a freguesia, o concelho, a região e o País», precisa o Partido, antes de assegurar que «a população conta com o PCP e com a alternativa política que comporta, aquela que faz falta ao concelho e à freguesia de Vila Franca de Xira».