Cinema em tempo de exploração
A célula do PCP na NOS promoveu, sexta-feira, 21, uma sessão de cinema ao ar livre com a projecção do filme «Tempos modernos», de Charlie Chaplin. A iniciativa, realizada no largo da estação de Campanhã, frente às instalações da operadora de telecomunicações na cidade do Porto, foi muito participada, ao que não é alheia a actualidade da obra, designadamente quanto ao agravamento da velha exploração.
Como referiu Jaime Toga, da Comissão política do PCP, a anteceder a projecção: «antes como hoje, apresenta-se modernidade como a intensificação dos ritmos de trabalho, sendo a expressão máxima dessa modernidade a fusão da vida do trabalhador com o trabalho. Não há tempo para comer, não há tempo para descansar, não há tempo para viver. Antes como hoje, os trabalhadores são encarados como uma peça de uma engrenagem que tem na maximização do lucro o elemento central, nem que, para tal, seja necessário destruir direitos e pôr em causa a [sua] dignidade».