Plano hídrico atrasado e sem meios

Três anos e cinco meses depois de ter sido decidida a sua elaboração, com um prazo de 90 dias, o Plano Regional de Eficiência Hídrica do Alentejo, dado a conhecer, na semana passada, pelo Governo reunido em Évora, constitui, «no essencial, mais uma operação de propaganda». A denúncia é da Direcção Regional do Alentejo (DRA) do PCP, que acusa o executivo PS de não iludir «nem a falta de transparência e clareza nos conteúdos», nem sobre o seu financiamento.

O Partido sustenta as suas críticas no facto de que o Governo que acena com o Plano, ser o mesmo que recusou propostas do PCP «para que o PRR pudesse contemplar recursos financeiros para a [sua] concretização», votou contra um projecto de resolução que previa a ligação entre o Alqueva e o Monte da Rocha e chumbou a proposta de elaboração de um Plano Nacional para a Prevenção Estrutural do Efeitos da Seca e o seu Acompanhamento. E que, ainda no passado dia 16, votou contra o apoio aos sectores agrícola e pecuário para combate aos efeitos da seca.

«A DRA do PCP entende que a gestão dos recursos hídricos na região deve ser uma preocupação central da actividade governativa e de todos os que intervêm no seu processo, situação cada vez mais relevante atendendo à repetição de períodos de seca, à ocorrência de períodos de escassez de água, a uma menor disponibilidade tendencial de água e a uma maior pressão através dos processos de intensificação da agricultura», assinala-se no comunicado divulgado no dia 26 pela DRA, onde lamenta a ausência de qualquer reparo do Governo face à acrescida «pressão exercida por grandes empreendimentos turísticos e pelo negócio do hidrogénio».





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