Decisão grave no 5G

É de «uma enorme gravidade» excluir das redes de 5G, «por alegados motivos de segurança», os «países que não integram a NATO, a UE ou a OCDE», considera o PCP. Para o Partido, esta decisão «vai ainda mais longe do que foi “exigido” ao País pelos EUA e a UE (num inaceitável exercício de imposição externa)», dirigindo-se «contra países como o Brasil, a China e a Índia, que são não apenas das maiores economias mundiais mas também parceiros tradicionais».

«O princípio utilizado, exclusivamente político» e «assente no propósito dos EUA protegerem a sua economia e defenderem a sua hegemonia no plano mundial, ameaça estender-se a outras áreas», facto que o PCP alerta ser «um caminho perigoso e que atinge profundamente os interesses nacionais», imposto «ao arrepio da Constituição da República Portuguesa» e que faz temer «retaliações económicas».

Em nota divulgada dia 22 pelo seu gabinete de imprensa, o Partido também lembra que «esta decisão é tomada cedendo a anos de ameaças por parte de diversas autoridades dos EUA» e «na sequência de pressões similares da UE», as quais detalha, e «sublinha que, para Portugal, vai ainda implicar a substituição de equipamentos já instalados, com um custo que pode alcançar cerca de mil milhões de euros, e cuja substituição vai acabar por ser paga pelo Estado e pelo povo português».

Outras implicações envolvem «atrasos diversos no desenvolvimento das redes de telecomunicações, nomeadamente por maiores dificuldades no acesso a componentes cruciais», acrescenta o PCP, antes de reafirmar que «esta política prejudica a economia nacional, desperdiça recursos públicos e, ao contrário do que é afirmado, não só afunila as relações externas do País como se insere e contribui para a escalada de confrontação promovida pelos EUA e a UE».

«É preciso travar este caminho insensato, irresponsável e perigoso», devendo o nosso país «pautar as suas relações externas», em todos os planos, «por critérios de soberania e independência nacional, respeito mútuo e cooperação», bem como não sacrificar «o desenvolvimento e a segurança do País em função de critérios de subserviência que o aprisionam e impedem o seu desenvolvimento.



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