No primeiro dia das jornadas apresentaram-se mais de 100 pares de braços prontos para o trabalho. De diferentes faixas etárias, com as mais variadas formações e experiências, foram mobilizados sobretudo pelas organizações do Partido de Lisboa, Setúbal, Algarve e Braga, e também pela JCP. Distribuíram-se pelas diversas tarefas que houve que cumprir – e que foram exemplarmente cumpridas, com o habitual entusiasmo militante.

Num dia extraordinariamente quente, o trabalho foi organizado tendo em conta esta realidade. De manhã, houve quem tenha estado dedicado à limpeza do terreno, tarefa que está hoje muito mais facilitada devido à presença de um rebanho de ovelhas que ali passa grande parte do ano. Ainda assim, pelas podas realizadas durante o Inverno, algumas delas profundas, havia (e há, ainda) muita matéria orgânica para recolher e não faltaram os tractores, e a força da juventude, para o fazer.

Outros houve que se dedicaram a erguer estruturas de tubo, onde durante a Festa funcionarão os pavilhões, os bares e os restaurantes, e os que estiveram envolvidos em pinturas, desde logo do novo sanitário infantil junto ao Espaço Criança. E foi precisamente neste espaço que se concentrou o trabalho da parte da tarde, com quase 40 graus: debaixo dos pinheiros, a limpar o terreno.

Entretanto, mais protegidos do sol mas nem por isso com menos esforço, estiveram alguns na serralharia, onde estão em produção cem tendas para as zonas de esplanada. O que significa mais de 16 mil peças que é necessário cortar, furar, soldar e pintar.

As jornadas de trabalho prosseguem já no próximo fim-de-semana e até à abertura da Festa trabalho não faltará – nem a camaradagem, sempre presente na forma de alegre convívio ou generosa entreajuda, essencial para levar até ao fim um empreendimento desta magnitude.

Organização e entusiasmo

A construção da Festa, no sentido mais literal da palavra, bem pode ter começado no sábado, com o arranque das jornadas de trabalho. Mas a verdade é que não é só ali, na Quinta da Atalaia, que se ergue a próxima edição da Festa do Avante!.

Pelo menos desde Maio, com o anúncio dos artistas que ali actuarão a 1, 2 e 3 de Setembro, que por todo o País se afirma a Festa e o seu programa junto a empresas e serviços, terminais de transporte e praias, festas populares e festivais de música. O tipo de trabalho muda, a dedicação é a mesma.

Por detrás de todas estas tarefas, de construção e de divulgação, há muitas outras, invisíveis para a maioria: a planificação dos vários espaços, a organização de excursões, turnos de serviço e bancas de venda de EP, a produção de exposições, a formação para funções específicas. Tudo isto com uma exemplar capacidade organizativa e um entusiasmo característico de quem, erguendo a Festa, constrói também um pouco de uma nova sociedade – mais justa, mais livre, mais fraterna.

Demonstração de força e capacidade

Se as jornadas de trabalho começaram no passado sábado, a construção da Festa já começou há mais tempo, com a realização de tarefas específicas. Foi o caso da montagem do tubo no Espaço Central, que já está concluída.

É de assinalar que pela primeira vez a desmontagem e a montagem desta estrutura foi feita sem recurso a entidades externas, contando-se apenas com o contributo militante do colectivo partidário, o que representa não apenas uma poupança financeira significativa como também – e sobretudo – uma demonstração de força e capacidade de resposta do Partido a uma tarefa morosa e particularmente exigente.

A tarefa foi assumida fundamentalmente por uma brigada da Organização Regional de Setúbal do Partido, com pontuais mas valiosos contributos, de militantes da Organização Regional de Lisboa.