Anteontem, 27 de Junho, assinalou-se o Dia Internacional das Micro, Pequenas e Médias Empresas, instituído pela Organização das Nações Unidas (ONU). Em Portugal, 99,8 por cento do tecido empresarial é constituído por estas empresas, existindo 1,2 milhões de actividades registadas no País. As micro-empresas, com menos de 10 trabalhadores activos, representam 40 por cento do emprego gerado (1,8 milhões) e cerca de 20 por cento do Produto Interno Bruto (PIB).

«Num mundo em profunda mudança», para a Confederação Portuguesa das Micro, Pequenas e Médias Empresas (CPPME) são «desafios enormes» a «digitalização e a necessidade de absorver os milhões de trabalhos que vão ser extintos pela automatização e inteligência artificial, o que faz das pequenas empresas o último reduto da protecção das economias locais da sociedade». «Os obstáculos colocados a estas empresas, muitas vezes desprezadas pela ausência de políticas públicas de investimento, são muitos e os desafios para a sobrevivência destes empresários são enormes», considera a Confederação, em comunicado. Dá como exemplo a «ausência» de apoios após a pandemia e perante uma inflação crescente, «que subiu os custos de contexto a níveis tão elevados que levou ao fecho de milhares de empresas».