Exames agravam desigualdades
«Os Exames Nacionais são, como temos visto todos os anos com os rankings, um elemento agravador das desigualdades entre os estudantes», considera a Juventude Comunista Portuguesa, em comunicado assinado pela sua Coordenadora Nacional do Ensino Secundário, divulgado a propósito dos resultados das provas relativas ao ano de 2022.
«Os Exames Nacionais foram sempre contestados desde a sua criação, em 1996. Agora, com o novo modelo de acesso ao Ensino Superior, a situação só tende a piorar», acrescenta a JCP, para quem «ao invés de se valorizar a avaliação contínua com sentido global, integrador e de superação das dificuldades e desigualdades, avalia-se, em duas horas, o trabalho de anos, com o objectivo de seleccionar e elitizar os mais elevados graus de ensino».
Nesse sentido, a JCP «apela a todos os estudantes para se organizarem e mobilizarem pelo fim dos Exames Nacionais e por uma verdadeira avaliação justa e contínua, condição necessária para a concretização da Escola de Abril».