A delegação do PCP foi recebida por Miguel Díaz-Canel Bermúdez, Primeiro Secretário do Comité Central do PCC e Presidente da República de Cuba. Neste amistoso encontro estiveram ainda presentes Roberto Morales Ojeda, membro do Bureau Político e Secretário de Organização do Comité Central do PCC, e Emilio Lozada García, Chefe do Departamento de Relações Internacionais do Comité Central do PCC.

No encontro, que teve lugar no Palácio da Revolução, Miguel Díaz-Canel Bermúdez saudou a presença da delegação do PCP, afirmando que «em tempos difíceis só os bons amigos vêm a Cuba, visitam Cuba, se arriscam a vir a Cuba e nos dão a sua solidariedade».

Entre outros importantes aspectos, Díaz-Canel salientou o momento que Cuba enfrenta, em virtude das condições muito complexas que advêm do recrudescimento do bloqueio imposto pelos EUA, das medidas aplicadas pela administração Trump, que foram mantidas pela actual administração Biden e que muito afectam Cuba, como a inclusão na ilegítima e hipócrita lista dos EUA de ditos países que «patrocinam o terrorismo», com todas as suas implicações no plano financeiro e do comércio exterior. Salientou ainda o conjunto de complexidades que convergiram no momento da COVID-19 e de como face à pandemia Cuba soube recuperar e avançar, com o talento dos seus cientistas e as suas próprias vacinas.

Relações profundas
Realçando que a solidariedade tem sido um elemento permanente nas relações entre os dois partidos, Diaz-Canel destacou as «relações realmente profundas e de importante diálogo partidário, que se expressam em momentos como este» e agradeceu todo o apoio na luta contra o bloqueio e na defesa reiterada da causa de Cuba no contexto europeu – contexto por vezes muito agressivo para a Revolução cubana.

Apontou igualmente a necessidade e a importância de continuar a aprofundar os intercâmbios entre partidos comunistas e operários, de debater de um ponto de vista marxista os problemas globais da actualidade, de garantir a unidade entre os partidos de esquerda, entre os partidos comunistas.

Nessa ocasião, Paulo Raimundo agradeceu o convite e a forma solidária e amiga com que a delegação do PCP foi recebida em Cuba, afirmando que «somos irmãos de luta, e para nós isso tem um significado muito grande». Esta visita, esta troca, esta cooperação, reforçam ainda mais essa ideia para o futuro.

Valorizando o intenso programa realizado, Paulo Raimundo salientou que este não só permitiu aprofundar o conhecimento dos desafios e das dificuldades que o povo, o PCC e o governo cubano enfrentam, como reconhecer o esforço que fazem para os superar.

A propósito das chuvas torrenciais que atingiram recentemente diversas províncias de Cuba, o Secretário-Geral do PCP expressou solidariedade perante o extraordinário esforço que foi realizado pelo Estado, o Partido, as organizações de massas e o povo cubano para dar resposta a esta situação.

Solidariedade
O Secretário-Geral do PCP caracterizou de inumano e injustificado o bloqueio, que está na mais profunda raiz dos problemas que Cuba enfrenta e que são consequência dessa criminosa política dos EUA. E realçou a enorme e determinada vontade do Governo, do Estado, do PCC, das organizações de massas e da juventude para encontrar as soluções e continuar a construir o socialismo em Cuba, através da criatividade revolucionária, como convocou Díaz-Canel. Uma vontade de encontrar as soluções para superar os problemas com o povo e profundamente conectado a ele, que constitui um grande exemplo de determinação e um pilar na construção do socialismo em Cuba.

Instando a intensificar a exigência do fim do injusto cerco económico, comercial e financeiro contra Cuba, Paulo Raimundo salientou que toda a solidariedade que os povos do mundo possam dar a Cuba, será sempre pouca comparando com a solidariedade que Cuba tem dado e continua a dar por todo o mundo, reafirmando a solidariedade dos comunistas portugueses para com os comunistas e o povo cubano, do povo português para com o povo cubano.

A delegação do PCP realizou igualmente um encontro com Emilio Lozada García e com Juan Carlos Marsán Aguilera, respectivamente Chefe e Vice-Chefe do Departamento de Relações Internacionais do Comité Central do PCC.

Integravam ainda a delegação do PCP Pedro Guerreiro, membro do Secretariado do Comité Central do PCP e responsável pela Secção Internacional, e Carina Castro, membro da Comissão Política do Comité Central.

Um programa rico e intenso

Durante a sua estadia em Havana, a delegação do PCP teve ainda a oportunidade de se encontrar com Noemí Rabaza Fernández e Víctor Gaute, vice-presidentes do Instituto Cubano de Amizade com os Povos (ICAP); com Teresa Amarelle Boué, secretária-geral da Federação das Mulheres Cubanas (FMC); com Aulín Álvarez Garcia, primeira secretária do Comité Nacional da União dos Jovens Comunistas (UJC); com o Granma, orgão oficial do Comité Central do PCC, a União de Jornalistas de Cuba (UPEC) e o Departamento Ideológico do Comité Central do PCC; com Anayansi Rodriguez Camejo, vice-ministra do Ministério das Relações Exteriores de Cuba (MINREX); com José Luis Toledo Santander e Rolando González Patricio, respectivamente presidente da Comissão de Assuntos Constitucionais e Jurídicos e presidente da Comissão de Relações Internacionais da Assembleia Nacional do Poder Popular (ANPP); e com Ulises Guilarte de Nacimiento, secretário-geral da Central de Trabalhadores de Cuba (CTC).

A delegação visitou o Centro de Engenharia Genética e Biotecnologia (CIGB), que entre muitas outras importantes e significativas realizações, desenvolveu vacinas contra a COVID-19, e o Centro Fidel Castro Ruz, a quem ofereceu diversas fotografias, publicações das Edições Avante!, edições clandestinas do Avante! e tarjetas de solidariedade com Cuba impressas pelo PCP durante o período da ditadura fascista em Portugal.