Militares norte-americanos no Peru
O Partido Comunista do Peru – Pátria Vermelha repudiou a entrada de tropas dos EUA no país, considerando-a uma demonstração de apoio do imperialismo ao «regime autoritário» que governa o Peru. Militares norte-americanos estão desde 1 de Junho no Peru, onde entraram após aprovação do Congresso, dominado pelas forças golpistas que derrubaram e prenderam o presidente eleito, Pedro Castillo.
Entretanto, no dia 14, os protestos populares voltaram às ruas da capital, Lima, exigindo-se a demissão de Dina Boluarte (vice-presidente de Castillo, que ficou à frente dos destinos do país após o golpe), o fim da repressão e da impunidade, mas também a retirada das forças militares estrangeiras do Peru e o fim da ingerência norte-americana. Nas vésperas da jornada, o Partido Comunista Peruano apelava à mais ampla unidade.
Os protestos pela demissão do governo golpista e do parlamento começaram em Dezembro, nas zonas rurais do Sul dos Andes, e rapidamente chegaram a Lima. A brutal repressão provocou mais de 60 mortos e 1300 feridos. Numa entrevista recente, na Suíça, um dirigente da central sindical peruana CGTP acusava o governo de Boluarte de execuções extrajudiciais.
Segundo a mais recente sondagem da Ipsos Peru, de Maio, 75 por cento dos peruanos desaprova a política do governo.