Entre o falar e o fazer...

«Entre falar e fazer, há muito que dizer», lembrou, no início deste mês, a Comissão Concelhia de Coina do PCP, que, a propósito da passagem de três meses sobre a entrega de 500 assinaturas a reivindicar a reabertura da Extensão de Saúde local, recordou que continua por cumprir aquele objectivo. Isto apesar de o executivo da CM do Barreiro, precisamente no dia 1 de Março, ter garantido que «estava a trabalhar para reabrir o centro de saúde».

«Temos um equipamento construído e dotado de todas as condições para servir a sua população, mas que por opção política e falta de perspectivas de futuro tem sido votado ao esquecimento», afirma o PCP.

Em Águeda, por outro lado, a Comissão Concelhia do PCP constatou, com perplexidade, «que se mantêm os graves problemas que afectam os utentes», traduzindo-se «na manifesta falta de profissionais de saúde, impondo sérias restrições ao acesso a cuidados médicos».

Profissionais continuam a faltar «na Extensão de Saúde da Mourisca, sendo apenas esta carência suprimida um dia por semana, com a visita de um médico externo; na Extensão de Saúde da Borralha, que continua encerrada; nos Pólos de Valongo do Vouga e de Recardães, onde encontramos limitações ao atendimento e funcionamento por assumida falta de trabalhadores», denuncia o Partido, antes de sublinhar que em Águeda quase sete mil utentes não tem médico de família, e de garantir que «a população pode continuar a contar com o PCP em defesa do SNS, único garante do direito à Saúde».

ULS, não são solução

Entretanto, a Direcção da Organização Regional do Porto (DORP) do PCP veio a terreiro «recusar a generalização das Unidades Locais de Saúde».

«A necessidade de coordenação e continuidade dos cuidados de saúde entre os cuidados de saúde primários e os hospitais do SNS é há muito sentida» e «foi com essa justificação que começaram a ser criadas as ULS, sendo a primeira em Matosinhos em 2009». Contudo, «a realidade veio demonstrar que essas estruturas não trouxeram vantagem numa melhor coordenação e articulação (...). O que aconteceu foi uma ainda maior centralização da gestão nas unidades hospitalares de cada ULS, com uma sistemática desvalorização dos cuidados de saúde primários, sempre relegados para segundo plano», considera a DORP.

Assim, «quando o Governo vem anunciar a generalização destes modelos e a implementação de ULS nos Centros Hospitalares de São João ou de Vila Nova de Gaia, a DORP do PCP alerta que esta decisão é tomada sem que se tenha feito nenhum balanço sério das ULS anteriormente criadas» e, pior, «tem como objectivo concentrar cada vez mais os serviços, continuando a desvalorizar os cuidados de saúde primários, e disfarçar a falta de medidas de valorização dos profissionais de saúde».

«O PCP tem vindo a defender um modelo que consiste na criação de Sistemas Locais de Saúde: organismos com existência jurídica, integrando Hospitais e Centros de Saúde do SNS de uma determinada região, mas com uma direcção acima de cada uma das unidades, com poderes para tomar as decisões fundamentais e distribuir os meios e recursos de forma adequada», esclarecem os comunistas portuenses.



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